Passei horas sentada no chão, ate que já não havia mais lagrimas, levantei e fui para o banho depois de um longo tempo, sai e parei diante do espelho, sequei meu cabelo mexa por mexa, quando consegui, fui para o closet, me maquiei escondendo as olheiras, o vermelho dos olhos seria mais difícil, mais logo sumiria, vesti minha melhor roupa, e desci para comer alguma coisa, passei muita fome para dar uma de rogada, parei quando ouvi a voz de Andrew discutindo com algum no celular
- eles não podem me impedir de ver minha filha... não importa se eles tem dinheiro... você sabe que não posso pagar tanto... eu sei, eu sei, eles me culpam pela morte da Anna, eu também me culpo, mais eles sabem que não fui eu, que ela estava doente, eu sei marcos, já me esfregaram isso um milhão de vezes... eu só quero minha filha, tudo bem tchau
esperei uns segundos e desci, Andrew me fitou, mais não falou nada, caminhei para a cozinha e pedia Amanda que me preparasse algo para comer e levasse no escritório, passei por Andrew fechando a porta quando entrei, sentei em minha cadeira, disquei o numero do meu advogado
- senhora Meredith
- Felipe, preciso que me consiga o nome da filha do Andrew DeLuca, meu segurança, quando conseguir mova céus e terras, mais consiga a guarda dela, não importa quanto vai custar, eu pago, você tem três dias para conseguir tudo isso, se precisar alegar alguma coisa, pode colocar meu nome, residência a minha, família, alegue que somos noivos, qualquer merda, mais essa menina tem que estar com o pai em uma semana
- senhora não é tão simples
- quando se tem dinheiro tudo fica simples – falei – faça, rápido
- sim senhora
- obrigado – desliguei
- senhora? – Amanda bateu
- entre – murmurei, quando a porta se abriu vi que era Andrew quem a segurava enquanto Amanda caminhava com um bandeja em minha direção, ela a colocou sobre a mesa depois caminhou para fora do escritório, meu olhar encontrou o de Andrew por um breve segundo depois a porta se fechou.
Não ti vi noticias por dois dias, Felipe não me informou nada, esperaria mais um dia depois ligaria, ele teria que me dizer o que conseguiu, minha ansiedade me matava mas ia esperar, caminhava pelo escritório quando Andrew entrou como um furacão
- o que merda você fez?- ele gritava
- ei calma – arfei – explique
- acabei de receber uma notificação do juizado de menores, um tal de Felipe barros, supostamente meu advogado esta movendo uma ação de guarda, os conselheiros estão vindo amanha para ver, minhas casa e minha noiva?
- ele conseguiu – sorri feliz
- o que você tem haver com isso?
- tudo, eu mandei ele fazer isso - falei animada
- e você seria minha noiva?
- a Amanda e mais velha que você – zombei
- não brinque comigo - ele estava com raiva, por que ele estava com raiva?
- pelo que entendi você ama, sua filha e seu sogros tem dinheiro e você não, mais eu sim, e se posso ajudar...
- eu não te pedi nada – ele estava furioso
- mais eu quis...
- você me despreza me expulsa da sua vida, e agora age como uma boa moça
- para de gritar, eu não estou te tirando sua filha, e sim te dando a porra da chance de ter ela, então deixa de ser mal agradecido, ninguém faria isso por você, eu a louca que te expulsou estou, então apenas agradeça
- obrigado - Andrew suavizou a voz
- melhorou - falei de mal humor
- vou te pagar
- não quero seu dinheiro, seja um bom pai, e será suficiente, não me faça achar que fiz a escolha errada quando decidi te ajudar
- um boa pai eu sempre fui - ele ainda não sorria, mas sua voz era suave
- ótimo, a que horas eles veem?
- as oito
- tudo bem, precisamos combinar algumas coisas
- tipo? - Andrew não entendeu
- estamos juntos a quase um ano, quando sua esposa morreu?
- três anos atrás
- ta, estamos noivos, e pretendemos nos casar em breve, par dar um lar feliz para a Isabella
- você lembra o nome?
- sou boa de memoria – melhor do que queria – você me ajuda na administração da empresa, caso perguntem, são quatro fazendas, que produzem frutas, e uma tratadora, que separa as frutas de qualidade e faz a distribuição, as quatro ficam perto de vitória, moramos aqui, nosso quarto e o meu, e estamos preparando o quarto dela, já tenho uma escola em vista, tenho certeza que Felipe cuidou disso
- você e uma boa atriz – ele desdenhou
- a melhor Andrew – sorri cinicamente – me fala de você
- sem pais, só minha filha, casado por sete anos, viúvo a três
- não tem tatuagens, gosta de café puro, não gosta de morango, prefere uvas, tem alergia a mariscos, gosta de futebol, torce para o flamengo, time estrangeiro paris de san germa, trinta e três anos, e apaixonado pela filha, e se sente culpado pela morte da esposa, que morreu de câncer, e um homem determinado, mais ainda gentil e doce, cavalheiro atencioso, meio intrometido, que só o que deseja e ter uma vida calma
- não seria mais claro, você e observadora, não lembro de ter contado nada disso
- observadora, quer que eu saiba de algo mais?
- acho que e suficiente - a voz dele era aguda, Andrew estava insatisfeito, mas não falaria por que sabia que eu era a única a poder ajudar ele
- algo que quer perguntar?
- tudo o que quero, você não vai responder - ele reclamou
- tudo bem, sem muito fingimento, perfeição não ilude
Para isso Andrew não teve resposta, deixei ele depois de um tempo, tentei trabalhar um pouco quando já era tarde demais fui dormir, eu me odiava por estar afastando Andrew de mim, mas eu sabia que ia ter que contar, e eu não queria contar isso pra ele, falar da merda de vida que eu tive... Só de lembrar me sentia fria. Acordei no meio da noite com calor, mesmo o ar condicionado estando no minino, levantei da cama e peguei meu roupão e desci para tomar água, Andrew me estava sentado em um dia bancos olhando pro nada
- também perdeu o sono?
- nem consegui dormir... Estou ansioso
- vai dar tudo certo
- e depois que der certo? Vamos fingir? Que somos um casal?
- não precisamos... Podemos continuar juntos
- mas eu não posso saber do seu passado? - Andrew perguntou com raiva
- não... Meu passado e algo que até eu queira esquecer - tomei minha água e caminhei para fora da cozinha - tente dormir
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Coração de Ferro
Fanfictiono passado nem sempre é algo que nos orgulhamos MEREDITH GREY não se orgulhava muito do seu, mas tinha orgulho da mulher que se tornou, ela tinha orgulho de ser quem era, de não depender mais de ninguém além de só mesma