Coração de Ferro

2. cuidado perigo

Levantei da cama e fui para meu quarto me dei o prazer de um maravilhoso banho depois fui para cama usando nada, dormi tranquila por toda a noite, ate a pagina dois, pesadelos, na verdade lembranças do meu passado em atormentavam o abuso do meu pai, a falta de amor da minha mãe, depois o abandono dela, e mais abuso dele, minha fuga as quinze anos, depois o sexo por dinheiro, tudo aquilo me atormentava, sai da cama quando o sol mal tinha nascido, depois de um banho rápido fui para a academia que havia mandado fazer quando me mudei, ela estava agora onde um dia foi uma estufa cheia de lindas flores, eu não gostava de flores

Malhei por mais de uma hora depois voltei para meu quarto lavei meu cabelo e o sequei antes de me vestir, tirei meu roupão dentro do closet e fitei meu corpo malhado, eu realmente não era nada do que fui, não era bombada com curvas cinuosas, mas não era mais aquela magrela que já fui um dia por passar fome, minhas curvas ficavam visíveis nas roupas, nada de mais, ainda era magra, não muito alta, mas meu cabelo na altura dos seios eram loiros e ondulados, meu rosto assim como meu corpo branco meio pálido, olhos azuis como o céu, uma boca pequena que mesmo sem batom era vermelha, me esforcei muito para ser bonita e consegui, escolhi uma roupa perfeita, saia lápis preta, uma camisa de botões azul escura e um blazer também preto puxei as mangas ate quase o cotovelo, fiz uma maquiagem impecável, calcei saltos pretos fechados e peguei minha bolsa, meu tablet e celular, desci para a sala de jantar, Amanda já havia colocado a mesa, fiz uma refeição deliciosa com frutas e bolo, depois segui para o escritório, li a faixada do prédio de três andares "Meredith Grey” e mais em baixo “o melhor das frutas”, eu não tinha vergonha da logo tão pouco criativo, o que me importava era a qualidade de tudo, meu celular começou a vibrar, abri minha bolsa e vi o numero de Derek

Ligação on

- o que foi? – atendi rude

- desculpa ligar assim, mais preciso da sua ajuda

- o que você fez? - perguntei com raiva

- bati o carro – ele contou

- que merda Derek, eu mandei você ir para seu apartamento - esbravejei

- eu sei, eu ia, só parei para tomar um chopo com uns amigos

- onde você esta? - respirei fundo e perguntei

- na delegacia

- o que você aprontou?

- eu estava alcoolizado - ele respondeu calmo

- você vai me pagar, vou mandar meu advogado, agora me escuta, esquece que eu existo depois disso, aproveita o que restou do seu carro, ele esta no seu nome de qualquer forma, não me liga, eu te falei que não aceito traição

- eu não estive com outra mulher - ele se defendeu

- você mentiu, e isso também e traição – gritei – só segue sua vida

-você não pode me descartar assim - era uma ameça?

- eu não só posso como vou, meu advogado vai te ajudar – desliguei, e em seguida liguei para meu advogado, desci do carro já de mal humor.

Parecia que meu dia se arrastou, meu advogado resolveu tudo com Derek que me ligou umas 50 vezes, eu ignorei todas as chamadas,eu humor estava péssimo, mal me concentrei na reunião sobre a nova fazenda de plantio, mas eu venci aquele dia e fui para cada tentar dormir, mas e claro que eu não ia ter paz, quando desci do meu carro e Derek estava sentado

- o que faz aqui? - perguntei

- vi te ver - ele levantou e pegou minha mão - pedir desculpa

- está desculpa... Mas eu não sou de voltar atrás - murmurei

- não é assim Meredith... Você decidi que não me quer e me joga fora - o tom dele era raivoso, mas sua voz era baixa

- e assim .. acabou e melhor aceitar - comecei a caminha para minha casa

- não é assim - ele ameaçou

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Sem saber eu acabei criando um mostro, pensei que seria como todos depois do fim, mais Derek se mostrou perigoso, ele me ligava fazendo ameaças dizendo que não aceitava o fim, que ele não era um brinquedo que eu usava e descartava quando cansava, me enviava bonecas parecidas comigo cheias de marcas como se fossem cortes e sujas de tinta vermelhas, bem coisa de psicopata, nos primeiros dias não dei muita importância, mais depois de quase capotar quando um dos pneus estourou eu comecei realmente a temer, então decidi contratar um segurança, claro que eu tinha uma equipe especializada mais agora não queria um dos melhores queria o melhor

- senhora, todos os meus melhores seguranças já trabalham para você – ele insistia nisso

- não quero os melhores, quero o melhor – repeti com raiva para aquele homem tolo, que era dono da empresa de segurança – tem que haver alguém

- talvez um – ele pareceu pensar – mais esse lhe custar caro

Eu ri descarada – dinheiro não e o problema, quem e ele?

- meu primo, ele voltou para a cidade a uns meses depois de seis anos na guerra, agora quer algo mais leve

- perfeito, fale com ele, e não importa o preço, eu só vou precisar que ele seja meu motorista

- vou conversar com ele, ligo pela manha

- ainda hoje – levantei – estarei esperando

- sim senhora – o homem riu

Inteligente da parte dela ainda não eram nem seis da tarde quando me ligou confirmando a entrevista para a manha seguinte. As oito eu já estava no seu escritório sentada em uma das cadeiras olhando a porta da sala dele, quando vi um homem passar por mim, eu o desejei no mesmo instante, alto com certeza um e oitenta ou mais, ombros largos e braços musculosos, não eram músculos simples estavam bem definidos na camisa de botões que usava uma barriga de dar inveja a qualquer homem pernas grosas e uma bunda grande, queixo quadrado barba crescida mas bem feita, olhos verde,  o cabelo castanho escuro bem penteado, ele parecia um deus grego, seria ele o primo? Vimos a porta abrir

- bom dia senhora

- bom dia Paulo – levantei quando ele fez a sugestão para entrarmos

- esse e meu primo Andrew DeLuca

- e um prazer – ofereci minha mão – Meredith Grey

- o prazer e meu senhora – ele não sorriu – então esta interessada em meus serviços?

- sim – sim e no seu corpo na minha cama, me repreendi – venho sofrendo ameaças de um ex, ele parece estar apenas querendo me assustar já que se passaram um mês e nada, mais estou ficando assustada, então um segurança particular seria bom

- e o que espera de mim? – ele quis saber

- que esteja a minha disposição vinte quatro horas, para isso teria que se mudar para minha casa,  as refeições estão inclusas, o salario não e um problema, me diga o valor e nos acertamos, também terá que dirigir, armas não e um problema, só me diga suas condições

- não quero uniforme, me vestirei sempre da minha forma, assim, ou de jeans dependendo do lugar, o valor bom... eu tenho que pensar, o Paulo poderia me representar, já que não tenho bases, no resto estamos ótimos

- perfeito, quando pode começar? - aquele homem era uma ofensa a sociedade, sua beleza era extrema, seu olhar sério me deixou sem fôlego

- assim que estiver tudo acertado - ele murmurou