4. jogo da sedução

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Andrew me olhava aturdido a cada novidade, enquanto todos estavam esperando na fila, Roberto o segurança nos deixou passar, colocando em nossos pulsos pulseiras vips, o outro nos guiou ate onde ficaríamos, estávamos apenas eu e ele, em um lugar onde víamos todos mais ninguém nos via, eu gostava de estar entre os homens na pista de dança, mais ficaria para depois, pedi bebidas, Andrew estava no modo segurança

- o que quer beber? - perguntei

- não posso beber Meredith - ele me repreendeu

- traga coca cola e suco - pedi ao garçom - obrigado

Quando ele saiu levantei e fitei a multidão que estava sobre meus pés, todos se divertindo

- não e tedioso ficar aqui? - ele perguntou

- sim, não tenho a intenção, e só para beber, aqui é calmo, e não corro o risco de ficar sem bebida - lhe dei um sorriso manhoso - você é sempre serio?

- quando estou trabalhando sim

- e se eu disser que esta aqui como meu acompanhante e não segurança?

- ainda serei isso - ele respondeu

- mais não quero, quero companhia, alguém para dançar comigo - reclamei, ele não pode responder o garçom entrou com as bebidas

- obrigado - murmurei

- mandaram para a senhora - o garçom me entregou o papel dobrado

- obrigado - sorri, esperei ele sair e abri o papel

"Sam? Quanto tempo, novo?... esta mais linda que nunca, me de o prazer de sua companhia no meio dos "não vips", traga seu bofe, beijos... por Victor"

As palavras de Victor me fizeram rir, ele era um gay que não dava pinta, me seria muito útil, Andrew ainda me fitava serio

- escuta, eu sou sua chefe, então desamarra essa cara, quero me divertir - levantei - vamos descer

Andrew não me ouviu, mais desceu comigo, caminhei em meio a multidão recebendo cantadas sem fim, algumas grotescas demais, encontrei Victor com mais duas amigas, Giovana e Erica, as cumprimentei, e apresentei Andrew que não sorriu, Victor me abraçou beijando meu pescoço como sempre fazia, depois de um pouco de conversa arrastei os três para a sala reservada, todos bebíamos e riamos, menos o carrancudo, eu o ignorei, ate a pagina dois, me insinuava em danças sensuais, não estava tão bêbada, mais deixei aparentar, apenas para ser carregada na hora de ir, ele tinha suas mãos em minha cintura me firmando, quando entramos no carro ele ajustou o cinto, e dirigiu devagar, me olhando a cada segundo fiquei calada apenas olhando para ele, em casa ele me ajudou a subir, abri a porta do meu quarto onde dormia todas as noites quando ele sugeriu sair murmurei

- não

- o que aconteceu? - ele me fitou

- não vai - peguei a mão dele

- você esta bêbada Meredith - ele falou calmo

- jura? - comecei a rir - ou você só namorou garotas sonsas ou esta a muito tempo sem namorar

- por que diz isso?

- estou quase me jogando em cima de você - murmurei com raiva - e você se faz de bom moço

- não estou, você e minha chefe - ele ainda era serio, mais não confuso

- e sou mulher, merda, estou queimando de desejo, e só você não vê isso

- ver eu vi, só não me iludi - ele enfim riu

- por que não?

- por que não devo - ele voltou a ficar serio

- você não me deseja? - fiz cara de menina magoada

- sim, quem não desejaria, uma mulher bela como você, envolvente

- mais você vai fugir como um covarde - acusei

- sim - ele abriu a porta - boa noite

Lá estava eu novamente queimando de desejo insaciado, ele ia me matar, seria este homem minha ruina, mais eu não desistiria, só seria mais sutil, e logo ele não resistiria, essa era minha esperança, só que não foi tão rápido quanto eu imaginei, decidi que nao teria presa, Andrew era cerrado demais ele era o tipo que não misturava trabalho e prazer, o que era um saco

Eu tentei fingir que Andrew andando pela minha casa nao me atormentava, me odiava por essa parte... Esse desejo louco que me fazia fazer de tudo para ter um homem, minha vida passada sempre me instigava a provocar e seduzir, a conquista era algo que me fascinava, o jogo da sedução era atrativo demais. Roupas provocantes, pijamas curtos, e o olhar de Andrew em me desejando, sua após dia noite após noite ele resistindo

já havia se passado duas semanas, e ele ainda era firme, mesmo com minhas provocações, meus desfiles de roupas curtas já tinha perdido a graça, eu começava a desistir, nunca fui de ficar mendigando sexo, não ia começar com ele, só que não o tirava da minha cabeça, era como obsessão, e de obcecado eu já tinha Derek que ainda me atormentava, ele sim me causava problemas, nada de muito grave, mais ainda sim era perigoso; mais tinha Andrew para me proteger, e isso era reconfortante, deitei no sofá do escritório, estava exausta mas não queria ficar sozinha no quarto, liguei o aparelho de som e coloquei algo que me fazia relaxar, tom Jobim cantava musicas envolventes, fechei os olhos e acabei dormindo, o sono me trouxe pesadelos, ver tudo acontecendo me fazia perder as estribeiras mesmo dormindo, vi meu pai entrar em meu quarto, ele nunca falava nada, minha mãe estava chapada demais e nunca ouvia nada, ele puxou minha coberta e começou a alisar minhas pernas, aquilo me repugnava mais eu não gritava sempre que tentava ele me batia muito, então era melhor ficar calada, e tudo acabaria logo, ele tirou minha calcinha depois meu vestido, abriu sua calça e a puxou junto com a cueca, fechei os olhos não gostava de olhar, as lagrimas já caiam sem parar, enquanto... Eu contava 1, 2, 3.... Não parava de contar até ele sair de cima de mim urrando como um touro, ele jogou a camisinha cheia de esperma nojento em cima de mim e saiu, meu corpo tremeu enquanto chorava....

- acorda - ouvi a voz de Andrew ele me sacudia, abri meus olhos, ele alisou meu rosto enxugando as lagrimas - calma foi um sonho ruim

- não é sonho - gemi sofrida - e lembrança

- o que você lembrou? - sua voz era aflita

- não quero falar - me agarrei ao seu braço ainda chorando

Coração de FerroOnde histórias criam vida. Descubra agora