23 de dezembro, Quarta
9 horas da manhã
Andreus Victorio
Quando nos demos conta, já passava das três da madrugada, estávamos exaustos, tomamos um banho quente e apenas nos deitamos em nossa cama, me agarrei ao seu corpo, com medo do que poderia acontecer pela manhã.
Mas as oito da manhã fomos acordados pelo meus pais, pois segundo eles, tínhamos uma missão a fazer até hoje a tarde. Tomamos um banho relaxante, principalmente eu que ainda sentia minha bunda ardida e dolorida, vi o sorrisinho que Tulio deu quando eu reclamei da dor, aquele idiota, senti meu rosto corar, mas não deixei por isso, lhe taquei um beliscão no braço, o que fez ele vir correndo atrás de mim no chuveiro, o que só serviu para ter eu de frente para o box e ele me fodendo novamente.
Não sei dizer em que pé estamos, mas estamos nos dando bem desde que acordamos, e gosto disso.
Estou agora junto dele no banco de trás enquanto papai dirige, nossas mãos grudadas uma na outra, e por incrível que pareça, não estou achando isso fingimento. Aconteceu tão naturalmente. Sinto minha cabeça pesada, sempre fico tonto andando de ônibus ou carro, não entendo isso.
- Está bem? - Escuto sua voz e logo mamãe olha para nós.
- Ele é assim desde criança, sempre fica tonto andando de carro. - Eu apenas confirmo com a cabeça, vendo seus olhos preocupados em minha direção, eu sorrio, é bom conhecer esse outro lado do meu Tulio.
- Vem. - Ele passa seus braços pelos meus ombros e de início me assusto um pouco com sua atitude, mas logo sinto seu cheiro, agarro sua cintura e me sinto confortável em seu peito. Esquecendo a tontura totalmente, e assim segue a nossa jornada até o centro da cidade, onde vamos comprar alguns presentes e ir no orfanato para ver as crianças, e quem sabe, fazer desse natal um pouco mais brilhantes para eles, a viagem demora um pouco, já que nossa casa aqui no interior é bem afastada da cidade, mas já estamos acostumados, sempre que me lembro fazíamos isso em nossos natais, papai e mamãe sempre me lembrou da importância de ajudar a quem precisa, de dividir o que você tem com aqueles que não tem condições, temos bastante dinheiro, nada melhor de ajudar crianças ou adultos desamparados. É claro que não fazemos isso apenas no natal, mas tentamos levar isso durante todo o ano, pois para mim e minha família, a magia do natal perdura em nossos corações durante todo os 365 dias.
Algumas horas depois paramos em frente a uma loja bem enfeitada, cheia de luzes e todos as diferentes decorações. Descemos do carro, o que me obriga sair do dos braços de Tulio, o que acho ruim, nesse momento me sinto dependente dele. Quando piso meus pés na calçada sou surpreendido quando sinto uma mão se entrelaçar a minha, olho para o lado e vejo seu sorriso direcionado a mim, o que faz eu mesmo sorrir, feliz por esse gesto dele.
Passamos pela porta e logo mamãe some por um dos vários corredores enormes do lugar.
- Por onde quer começar?
- Não sei, apenas vamos andando. - Ele acena e me puxa por um corredor logo depois de pegar um carrinho de compras, vamos passando por longos corredores de brinquedos, vamos pegando vários deles, mascaras de super heróis e princesas, carrinhos, bonecos e bonecas, vários jogos de montar e quebra-cabeças de vários desenhos animados. Estou distraído pegando alguns livros e canetas para desenho, quando sinto alguém tocar meu ombro, quando viro em direção a pessoa, levo um pequeno susto que um pequeno grito sai de minha garganta e eu chego a dar alguns passos para trás, então as mãos de Tulio esse grande imbecil me seguram antes que eu me choque contra a prateleira cheia de coisas. Escuto sua gargalhada alta e bato em seu peito, tentando empurrar ele para longe, mas desisto disso quando ele não se afasta e ainda por cima vejo por cima do seu ombro algumas pessoas segurando o riso, apenas enterro meu rosto em seu peito enquanto ele tira uma máscara do Hulk e ainda rir feito uma galinha engasgada, sinto todo meu rosto vermelho.
- Seu idiota do caralho. - Ele segura meu rosto e o levanta em sua direção, depositando um beijo em minha bochecha, e a vontade de o estrangular até a morte passa um pouquinho.
- Você devia ver seu rosto de susto. Nunca vou esquecer isso. - Eu apenas bufo. - Gosto das suas bochechas vermelhas, combina com você. - Apesar de eu ter achado um pouco fofo, eu ia o mandar tomar naquele lugar, mas antes que eu pudesse, fomos atrapalhados.
- Vamos meninos? Já terminamos. - A voz de mamãe soa ao longe, Tulio apenas sorrir para mim e puxa minha mão, levando o carrinho com a outra, e eu o ajudo a equilibrar com minha mão livre.
Já no carro e com todos os presentes embrulhados para presentes, seguimos em direção ao orfanato.
- Não seria bom se levássemos algo para eles comorem? - Tulio pergunta, ia dizer que não era preciso enquanto ainda permanecia com a cabeça em seu ombro quando meu pai abre a boca.
- Não se preocupe com isso querido, Andreus quem cuida dessa parte.
- Oh. - Apenas isso que sai de sua boca em resposta ao meu pai, será que fui tão rude com ele esses três anos que ele pensa que sou um mostro?
- Você é incrível querido. - Ele sussurra baixinho enquanto beija meus cabelos. Deixo um suspiro contente sair de meus lábios ao ouvir suas palavras. Não é querendo me mostrar e tal por minhas atitudes, só quero que ele conheça mais de mim do que aquele Andreus irritado do trabalho.
E pela primeira vez me deixo pensar em Tulio sendo mais do que apenas meu namorado de mentira nesse natal. O que sentimos ontem à noite foi verdadeiro demais, bom demais para ser apenas por alguns dias, quero esse homem para mim pelo resto da minha vida.
Tulio Angelle
Ver bem de perto o cara carinhoso que Andreus é com as crianças me deixa com o coração cheio de amor, cheio de admiração por esse homem. Ele é especial a sua maneira, e é isso que estou aprendendo a amar nele.
A conexão que tivemos ontem à noite enquanto nos amávamos foi de outro mundo, aos poucos enquanto o via se entregando a mim de uma maneira única meu peito ia se enchendo de paixão por ele, ver a forma como ele me olhava, como se nossas almas estivessem se conectando, foi um momento inesquecível, vou guardar aquilo em meu peito para sempre.
Quando voltamos para casa passava das 10 da noite, tínhamos ficado para o jantar com as crianças, então apenas desejamos um boa noite aos meus sogros e subimos para um banho e dormi, pois, amanhã acordaríamos cedo para ajudar minha sogra com a ceia.
Fomos subindo as escadas em silencio, apenas escutando nossos passos na madeira, assim que abro a porta Andreus se senta sobre a cama e abaixa a cabeça, seu pé batendo freneticamente no chão, sei que ele quer me falar algo.
- Diga Andreus. - Paro em pé em sua frente.
- É que, depois de ontem estou sem saber em que pagina estamos. Eu senti algo Tulio, e não quero que isso se acabe junto com o natal, entende? - Odeio ver ele assim, mostrando essa fragilidade que ele nunca mostrou nesses três anos trabalhando juntos. - Sei que fui um grande escroto com você desde que nos conhecemos, mas quero eixar isso no passado, quero aproveitar essa data especial que está chegando para ser uma pessoa melhor pra você. Sei que isso devia ser a muito tempo, e não apenas porque estamos próximos do natal, mas quero pedir desculpas por tudo que fiz vo... - Não deixo que ele termine, apenas levanto sua cabeça em minha direção e o beijo.
- Por mim já está tudo no passado, vamos viver apenas o presente meu bem. Vamos aproveitar esse natal juntos, o primeiro de muitos. - Sorrio, um sorriso sincero que recebo dele também, que chega a iluminar todo seu rosto.
Estávamos começando uma nova jornada cheia de magia e o com um amor que vem nascendo e se fortalecendo.
✨🎄
Olha quem resolveu aumentar mais um cap 🤡
Nos vemos a noite com o ultimo capitulo. Espero que tenham gostado.
Beijinhos genteee...
VOCÊ ESTÁ LENDO
jingle bell 1 - Conto De Natal
Kısa HikayeContém Mpreg (GRAVIDEZ MASCULINA) ---------- ⚠️LIVRO SEM REVISÃO, SUJEITO ERROS ⚠️ ---------- Venha embarcar nesse lindo conto clichê de natal. Onde Tulio se ver obrigado a aceitar a proposta de seu chefe arrogante. Começo das postagens: 19/12/2020 ...