𝕲𝖆𝖛𝖊𝖙𝖆𝖘

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Lyra e Mor estavam na banheira. A água estava cheia de espuma. E Asteria fazia massagem em Mor.

As duas já estavam ali por mais de uma hora.

— Tenho que ir — Lyra disse.

— Pode dormir aqui se quiser.

— Eu amaria. Mas se não chegar em casa daqui a dez minutos. Meus pais me matam.

— Promete que volta amanhã?

— Prometo.

Lyra deu um selinho em Mor antes de sair da banheira, colocar sua roupa e atravessar para casa.

Durante a travessia, Yra se sentiu culpada. Ela sabia que devia contar para o pai. Mas faltava coragem. Muita coragem.

Tinha medo de que todos os sonhos que seu pai havia tido sobre seu futuro fossem destruídos. E reconstruídos com Mor, a melhor amiga dele. Que por acaso perdeu a virgindade com Cassian muitos séculos antes.

Como ela sabia disso? Mor a disse ao completarem três meses de um aparente namoro. Ou cinco meses de transas semanais. Dependendo de como prefira definir.

Chegando em casa, ela se deparou com duas figuras aladas: Seu pai e Rhysand.

Ela havia passado a maior parte das 6 horas que passou com Mor fazendo atividade física. Na cama, mas fizera.

E agora, mesmo querendo trocar de roupa e tomar um banho. Ela provavelmente teria que ouvir seu pai falar de algo muito importante.

...

Lyra não estava errada. Seu pai usou todos os argumentos possíveis para que ela concordasse em deixar Rhys lhe ensinar usar os poderes Daemeti.

E por causa do cansaço, ela permitiu.

— Como foi? — Feyre perguntou.

— Bem, eu acho — o macho respondeu.

— Ela aceitou.

— Cass a venceu por conta do cansaço.

Rhysand estava péssimo. Aquilo era claro para qualquer um que tivesse olhos que funcionassem.

E sua parceira sabia. Que grande parte do marido havia aceitado ajudar a filha do amigo por culpa.

Total sentimento de culpa. Afinal, era culpa dele que ela havia se tornado uma bomba atômica prestes a explodir a qualquer hora.

A verdade, é que era um milagre Asteria não ter matado ninguém com seus poderes. Eles estavam descontrolados. O Grão-Senhor pode sentir ficando metros à frente da garota.

Tudo que Rhysand queria era se redimir por ter feito a vida da fêmea um inferno quando ela era criança. E evitar a morte de todo o Acampamento Illyriano quando, finalmente, ela liberasse o poder.

Amren estava entusiasmada com o fato de Mor, finalmente estar namorando com alguém. Mesmo que não admitisse isso.

E para Mor, isso era terrível. Constantemente, a mais baixa do grupo fazia perguntas a respeito do férrico. Fazendo a loiro mentir constantemente. Aí ponto de se enrolar na própria mentira.

E a baixinha, estava determinada em descobrir quem era o sortudo. Enquanto Mor, só queria que aquilo acabasse.

Nos últimos quatro meses de namoro — era impossível negar o fato. Principalmente quando Lyra já tinha roubado uma das gavetas do armário pra ela — Amren estava, na definição da expressão, a enchendo o saco.

Todo dia que se encontravam ela perguntava sobre o assunto. E quando digo perguntava, quero dizer interrogava.

Mas tudo passou dos limites quando a mais velha, invadiu a casa da loira, sem mínima explicação.

E achou a bendita gaveta.

𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓 𝐎𝐅 𝐒𝐇𝐈𝐍𝐍𝐈𝐍𝐆 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒 ☾ 𝐀𝐂𝐎𝐓𝐀𝐑 (𝘩𝘪𝘢𝘵𝘶𝘴)Onde histórias criam vida. Descubra agora