Caso encerrado em 3034

12H2O + 6CO2 → 6O2 +C6H12O6 + 6H2O

A vida na Terra, embora pareça frágil, já passou por inúmeros testes de quase esterilização do planeta. Impacto de corpos celestes, vulcanismo, clima extremo e outras formas de extinção em massa, por vezes deixaram o mundo no limite do deserto. Todos os eventos compartilham a característica comum de que o planeta conseguiu se curar posteriormente. A biosfera é capaz de absorver, entender as mudanças e se adaptar, por mais críticas que estas sejam.

Mas isso não acontece necessariamente com as espécies. A maioria dos seres tem uma relação muito tênue entre os fatores que contribuem para a sua prosperidade e a extinção inevitável.  O tempo é um fator preponderante na adaptabilidade das espécies em face às mudanças ambientais. Gerações tem mais chances de sucesso do que um único indivíduo. Alguma característica se sobressai para o novo cenário e o sucesso deste espécime segue como regra para os que virão.

O aparecimento do homem pode ser comparável com um evento de escala global para o equilíbrio do planeta. A humanidade transforma a natureza à sua necessidade. Por muito tempo se imaginava que a natureza sucumbiria passivamente à "agressão" humana. Como dito anteriormente, o planeta se adaptou à eventos mais catastróficos. Foi isso o que aconteceu. Algumas espécies tiraram maior proveito da presença humana, outras pereceram e as demais se adaptaram.

A fotossíntese acompanhou o aumento na oferta de dióxido de carbono na atmosfera. As plantas e algas que produziam mais energia, cresciam e se reproduziam mais. A taxa de conversão só aumentava.

O homem agiu na Terra, a Terra reagiu. A reação se deu de forma gradativa, como foi com o crescimento da emissão de gás carbônico. Acontece que uma mudança drástica também gera uma reação drástica. O raciocínio é o mesmo. O equilíbrio depende do tempo em que essas transformações ocorrem.

O cerceamento completo da chamada "poluição do ar" em questão de anos provocou não só uma reação, mas uma evidência que jamais tinha sido cogitada. Talvez por que estivéssemos ocupados demais pensando nos efeitos deletérios, classificando comportamentos, descobertas e progresso como algo bom ou ruim.