COMA

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ALEC LIGHTWOOD

Eu andava de um lado para o outro sentindo o desespero tomar conta de mim a cada passo que dava. Os médicos ainda não haviam dito nada. Eu ocupava o corredor junto com Jace, Imogen, Clary e Isabelle.

— Não é possível que não teremos uma notícia — Clary resmungou.

Como se os anjos a ouvissem, os médicos saíram da sala e todos se levantaram, mas a expressão deles não era boa. Tentei me convencer que talvez toda cara de médico fosse de notícia ruim.

— Como está minha neta? — Imogen questionou.

— Não sabemos explicar, mas...é complicado — O médico disse olhando pra baixo — Ela está em coma.

Meu mundo desabou ali, eu não conseguia acreditar. Eu havia sido tão rude com ela, e olha onde ela está agora.

— Diz que isso é mentira — Jace falou.

— Não para por aí, senhores. Tentamos reiniciar o cérebro dela, mas não tivemos resposta e ela...

O médico se calou, olhando para o outro perguntando se tinha permissão pra falar.

— Como diretor do Instituto, eu exijo saber a verdade — falei em um tom sério.

— E eu como Inquisidora exijo muito mais — Imogen completou.

— Ela tem dado indícios de possessão — murmurou.

Eu tive que sentar pois achei que iria cair. Como ela foi possuída?

— Chamem, Magnus. Ele atravessou um portal com ela — falou Clary.

— Eu vou lá agora mesmo.

Me levantei em um pulo e sai apressado da sala para o centro do Instituto. Meus olhos marejaram e segurei as lágrimas. Magnus estava na porta do Instituto discutindo com um dos caçadores.

— Eu não irei sair enquanto não saber sobre Nuriel — resmungou irritado.

— Underhill — chamei o caçador que me encarou — Tudo, deixe-o. Quero falar com ele.

O caçador saiu apressado voltando para seu posto anterior, e Magnus me agradeceu com os olhos.

— O caso de Nuriel é sério, preciso que me conte a verdade. Ela está em coma e dando indícios de possessão, Magnus. Tem ideia do quão sério isso?

Ele ficou espantado e desviou o olhar para os próprios pés incrédulo.

— Algo do limbo veio junto com ela — sussurrou, mas meus ouvidos conseguiram captar bem.

— Algo do limbo? — arquei a sobrancelha — O que está me escondendo?

Magnus não me respondeu, passou rapidamente por mim quase esbarrando e sai atrás dele que seguia para a sala de atendimento.  Ele entrou quase derrubando a porta e foi em direção a onde está Nuriel com os médicos, mas eu segurei seu ombro.

— Vai nos dizer a verdade? — questionei já irritado com a falta de resposta, mas Magnus empurrou minha mão.

— Não sem eu vê-la antes.

Imogen caminhou apressada até nós com um olhar mortal para Magnus, e vi que havia um instrumento velho na mão dele, e o feiticeiro tremeu ao ver.

— Os médicos me disseram que isso foi encontrado no bolso de Nuriel, pode me explicar o que é isso? — levantou as mãos mostrando o instrumento para Magnus. Ele tentou pegar, mas ela afastou a mão rapidamente.

𝘼 𝘿𝙚𝙨𝙘𝙞𝙙𝙖 𝙙𝙤𝙨 𝘼𝙣𝙟𝙤𝙨 • 𝖇𝖔𝖔𝖐 2Onde histórias criam vida. Descubra agora