Tudo começou com um desafio despretensioso, Fernanda não esperava que tudo fosse gravado, agora seu futuro e sua paz estão em jogo.
Ela só precisa conquistar um garoto e beijá-lo, Nanda só tem até o natal, mas e então, será mesmo que Cauê deixará q...
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As noites ficam cada vez mais bonitas, são luzes piscando para todos os lados. Montamos a nossa árvore na semana retrasada, sempre faço isso com meus pais, combinamos que seria assim sempre. Na verdade, dezembro me faz pensar em união, não é à toa que Cauê e eu decidimos apaziguar as tempestades entre nós. Depois da festa de Isaque, não nos vimos mais, faz dois dias, mas parece que já se passaram meses. Conversamos por mensagens, Cauê me manda algumas músicas fofas, acho que é a forma que ele encontra de mostrar o que realmente sente, sem precisar usar suas próprias palavras ou aquelas frases clichês.
Hoje se inicia um novo evento da família Martins, a tão esperada 'Noite de pizzas", minha mãe não parava de falar sobre isso, meu pai não acredita que tenho um namorado, disse que é impossível que já exista alguém nesse mundo que seja tão evoluído a ponto de suportar e aceitar meu temperamento.
É amor que chama, né?
Na verdade, Cauê não disse nada sobre um possível relacionamento, e eu não vou pressionar, acho que ainda é muito cedo para pensar nisso.
— Que horas o seu namorado chega? — Minha mãe grita da cozinha.
— Namorado? Não sei, eu ainda não o conheço... deve ser porque eu não tenho um!! — respondo sarcasticamente.
Meu pai sorri e estende a mão ao alto para que eu possa bater com a minha.
— Uma boa resposta, criativa igual o pai!
— Muito engraçadinha — Ela surge na porta, com o pano de prato em mãos. — Vocês dois, arrumem a mesa, e Marcos, você paga!!
— Sim, senhora!!
— Você inventa o evento e eu fico com as despesas?
Ela virou-se, outra vez.
— Exatamente!!
Eu me divirto com o relacionamento dos dois, é de se apreciar quando nos deparamos com um casal que mantém o respeito e crescem juntos com amor, isso na verdade é lindo. Adoraria ter algo assim um dia, um relacionamento leve, sem dramas ou brigas que não possam ser resolvidas.
A campainha tocou, olhei-me pelo reflexo da TV e sorri enquanto ajeitava o cabelo. Pude enxergar meu pai atrás de mim balançando a cabeça para os lados enquanto segura a risada.
— Se comporte, pai. Não precisa assustá-lo!! — digo ao virar-me para ele. — Promete?
— O quê?! — Ele se finge de inocente. — Desde quando eu assusto pessoas? — Tombo a cabeça para os lados. — Tudo bem, eu prometo!
Respiro fundo antes de abrir a porta, estou nervosa, isso é esquisito, mas parece que precisarei me acostumar. Cauê está olhando para a rua, e aproveito para apreciar um pouco mais da sua beleza. Acho que me apaixono todos os dias pelos cabelos dele, adoro o jeito como os bagunça, dá a ele um ar despojado e super atraente. Não há nada de diferente em suas vestimentas, ele está com uma calça jeans clara e uma camiseta cinza, posso sentir o cheiro dele de longe, de repente me dei conta de que Cauê também é um daqueles garotos que vêm com um letreiro enorme, mas o dele é diferente, ele diz: "Risco para garotas cardíacas". Ufa! Mais um motivo para agradecer a Deus pela saúde.
