C A P Í T U L O 6

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								Confesso que foi difícil conseguir dormir depois de tudo, foi uma noite bem longa e cheia de acontecimentos inesperados

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Confesso que foi difícil conseguir dormir depois de tudo, foi uma noite bem longa e cheia de acontecimentos inesperados. E pensar que saí daqui feliz dizendo que tinha um encontro com um garoto e depois acabei beijando outro. Loucura.

Não sei se Fred me viu em algum momento, mas acredito que não, ele me pareceu bem interessado em Ligia, aliás, quem não se interessa por ela?

Minha mãe me fez levantar cedo para ajudá-la na compra dos presentes para a família, não é uma tarefa muito difícil, somos só nós três, dois tios e uma avó, mas ainda assim chega a ser torturante andar tanto.

- Acho que vou levar esse pijama para a sua avó, que tal?

Ela estende a peça em minha direção, é um pijama amarelo de seda, faço uma careta em resposta.

- Não gostou? Achei tão fofo. - Analisou outra vez. - Por que não procura algo para o seu pai? Te encontro depois.

- Tudo bem, mas esquece esse pijama mãe, a vovó não usa uma coisa dessas.

- É, acho que tem razão!

É claro que tenho, conheço exatamente os gostos de cada um, meu pai com toda a certeza preferiria ganhar Alto falantes novos para o carro, no fundo minha mãe sabe, mas não é o tipo de coisa que ela gosta de comprar.

Pulo as jaquetas de couro, elas são descoladas demais para ele, acabo rindo sozinha quando imagino uma peça dessas em seu corpo. As camisas são bonitas, é exatamente o tipo que ele usa para trabalhar, mas seu guarda-roupa está cheio delas.

Continuo andando pelo corredor, até chegar nas calças jeans, e bom, deveria ter prestado mais atenção no caminho e evitar tropeçar em alguém.

- Me descul... - Sou interrompida pela presença da única pessoa no mundo que não desejo ver. - Só pode ser brincadeira!

- Por acaso você está me perseguindo?

- Como é? - Sei exatamente o que disse, mas custo a acreditar que realmente ele acredite nisso. - O que te faz pensar que eu perderia meu tempo perseguindo você?

Bom, tecnicamente já fiz isso uma vez, mas não acho que seja bom mencionar este detalhe.

- Não sei, me diga você. Está sempre por aí esbarrando em mim e gritando feito uma maluca.

- Eu não... - Percebo que minha voz se alterou um pouco mais, Cauê ergue as sobrancelhas e um sorriso presunçoso brota em seu rosto. - Eu não sou maluca. - completo, desta vez, um pouco mais baixo.

- Mas parece!! - retalhou. - Aliás, o que está fazendo desse lado da loja? A ala infantil não é aqui.

- Ah, muito engraçado. - Forço um sorriso. - Não vou perder meu tempo te respondendo. - Balanço os ombros.

Um Desafio Para NandaOnde histórias criam vida. Descubra agora