Às vezes fazemos coisas estranhas por amor, como por exemplo cantar uma música romântica com sua voz incrivelmente desafinada para pessoa que você ama.
Ou comprar ingressos para o show de uma banda que você se quer conhece mais que duas músicas e ir por causa do seu namorado que é fã.
São tantas coisas que fazemos por amor que talvez seja impossível numerar cada uma delas, o mais importante de tudo é que você ama alguém e essa é uma das formas de demonstrar.
Preciso admitir que odiei Ryder por três anos, mas com o tempo acabei percebendo que não odiava de verdade, nem o conhecia direito para começo de tudo e me sinto grato por ele ter sido tão sincero e ter dito que gostava de mim.
Gostar foi a palavra que ele usou, mas eu tenho certeza que ele já estava apaixonado, impossível não se apaixonar por mim, vou parar por aqui, não sou tão convencido assim.
Eu sou bobo o suficiente e às vezes fico encarando Ryder por muito tempo sem perceber, até que ele diz que está ficando com vergonha, não tenho culpa por ele ser incrivelmente lindo.
No meu aniversário de 18 anos, há alguns meses atrás, ele me levou em um restaurante na 5th Avenue, e definitivamente aquele se tornou um dos nossos lugares favoritos na cidade, o lugar dava a sensação de estar de volta para casa. E não tinha o que falar da comida a não ser que é perfeita, nesse dia comemoramos apenas nós dois em uma noite romântica e quando chegamos no apartamento tinha um bolo de frutas vermelhas com cobertura de creme de manteiga que o próprio Ryder fez com ajuda de um tutorial na internet, ele me deu de presente um kit de tinta acrílica, pincéis, godê e algumas telas para pintura já que na últimas semanas eu estava bastante interessado por arte, por fim passamos a noite fazendo amor.
Na manhã seguinte, às quatro da manhã, a primeira coisa que eu fiz foi waffles e, como era sábado e não teria aula, ainda de pijama e pantufas do Snoopy que havia ganhado de Grizz, coloquei uma das telas no cavalete próximo à janela e preparei tons de tinta verde diferentes, com um lápis grafite esbocei olhos simples, mas que eram muito familiares para mim e eu amava aquele olhar, pois todas as vezes que eu fitava ele quando acordava de manhã sempre me perdia naquele verde que nenhuma mistura de tinta conseguiria igualar.
Então pintei e fiz questão de colocar cada mínimo detalhe naquela tela e por Deus, pode ter certeza que nada foi mais lindo do que o sorriso de Ryder naquela amanhã chuvosa de sábado, onde da janela do apartamento víamos a chuva cair e molhar tudo lá fora. Olhando para o horizonte, não tão distante, víamos Manhattan acordando novamente, se é que havia dormido, a cidade que nunca dorme estava sempre em movimento.
Começou com pequenos beijos depois de declarações de amor e agradecimentos de Ryder pela tela e quando fomos nos dar conta, já estávamos quase saindo do sofá, com nossas roupas jogadas pelo chão, mas ficamos ali mesmo, enquanto Ryder e eu fazíamos amor, sussurrávamos declarações um para o outro.
Merda, eu sou tão apaixonado, talvez seja a única certeza que eu tenha todos os dias é que eu amo Ryder Bennet, o garoto que conheci no primeiro dia de ensino médio e estava sempre comprando briga comigo, que teve coragem o suficiente para dançar comigo em uma festa e falar que queria me beijar, que fingiu ter dificuldade em uma matéria para estar comigo e que eu certa vez soquei sua cara e ele nem se quer pareceu se importar.
Estava fazendo um ano que namorávamos oficialmente e eu queria comemorar da melhor forma possível, então junto com um dos três presentes que eu havia comprado para ele, eu escrevi uma carta e no fim assinei:
Com amor, Oliver.
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Love, sex and drugs | Romance gay
RomanceQuando Oliver Archer odeia Ryder Bennett com todas as suas forças, e com tantas brigas entre eles o mesmo não percebe que tudo aquilo foi por um motivo, agora ele terá que lidar com isso e com seus problemas familiares, emocionais e com a ida para u...