Love, sex and drugs | Romance gay

4. me sinto culpado

- Ai meu deus! - Oliver praticamente gritou ao perceber o que tinha feito e cobriu a boca com as suas mãos enquanto o outro garoto gemia de dor. - Me desculpa, puta merda, eu não pensei direito.

Ryder o olhava incrédulo, com a mão sobre a bochecha direita que foi acertada, realmente estava doendo.

- Eu... Eu posso pegar gelo para você. - disse Oliver um pouco afobado. - Só... Venha comigo...

Ambos não falaram nada até encontrarem a máquina de gelo que tinha na escola, Oli pegou um saquinho de plástico, que tinha zíper, da bolsa, ele tinha levado alguns doces ali, mas já tinha acabado desde cedo. O garoto catou uma moeda no seu bolso e enfiou na máquina que fez um barulho estranho, então abriu o saco e esperou os cubos de gelo caírem. Fechou o zíper e entregou para o outro garoto que agradeceu suavemente.

- Olha, me desculpa tá. - disse um pouco com receio. - Não pensei direito, me desculpa mesmo... Se você quiser socar minha cara também eu não vou reclamar.

Oli achou que tinha caído em alguma realidade paralela ou tinha batido a cabeça em algum lugar depois que deu um soco no outro, enquanto Ryder apenas riu.

- Porra, de onde você tirou essa ideia? Eu não vou fazer isso! - falou Bennet como fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Não?

- Não! Fui idiota ao falar do beijo, esse soco foi merecido.

- Então... Você lembra.

- Por que não lembraria?

- Achei que estivesse chapado ou algo assim. - fala Oliver, um tanto envergonhado, e isso era raro de acontecer.

- Estava, mas também estava bem consciente do que eu fazia, pode ter certeza.

Archer estava tão assustado, que parecia que o próprio Voldemort estava na sua frente. Então Ryder Bennet realmente queria beijá-lo, mas por qual motivo? Eram muitas informações para processar.

- E... E o que você queria comigo quando foi me chamar? - gaguejou e mudou de assunto, e o outro garoto percebeu isso.

- Apenas queria ajuda para entender o assunto de química da semana passada, tive que faltar essa aula. - explicou. - Mas se não quiser me ajudar, tudo bem, te dei motivos o suficiente para me odiar, então se você negar isso tá tudo bem.

- Não, estou em dívida com você, então te ajudo.

Ryder apenas rolou os olhos e começou a se afastar do garoto que ainda estava paralisado perto da máquina e disse antes de sumir da visão de Archer:

- Amanhã combinamos o horário e o dia.

Archer tentou não pensar no que aconteceu enquanto dirigia para casa, era absurdamente confuso tudo aquilo, não parecia ser real, mas o garoto se deu conta que tudo aquilo era a sua realidade quando estacionou em casa e viu seu pai caminhando de um lado para o outro no jardim.

- O que está fazendo aí? - perguntou Oli depois que saiu do carro.

- Você poderia pelo ao menos atender a droga do celular? Seu tio não está e...

Com o celular na mão, Oliver acende a tela e vê que tinha mais de dez chamadas perdidas.

- Sempre fica no silencioso e eu estava ocupado então... - diz sem se importar muito.

- Sua mãe queria te ver. - diz seu pai, sem muita felicidade ao vê o filho e o mesmo deu uma risada sarcástica.

- É incrível, não é? Como vocês esquecem tudo muito rápido e até mesmo querem me ver.