13

120 9 10
                                    

Dois dias depois: 🍃

  Anastácia:

  - Pois bem, já estou indo. - O Sr Frederic se despediu antes de entrar no carro. - Fique cuidando de tudo para mim Harry. - Ele disse ao filho.
 
- Pode deixar meu pai. - Harry respondeu.
 
  Eles se abraçaram e o Sr Frederic foi embora.
 
À tarde...

  Afonso:

 
   - O patrão acabou de ir à uma viagem a negócios. - Disse ao meu colega enquanto colocávamos o feno para os cavalos.
 
   - Vida de senhor é assim mesmo... - Ele respondeu. - Eu nasci nessa cidade e nunca sai dela haha. - Falou balançando a cabeça.

  - Então estamos no mesmo barco, eu vim trabalhar aqui nesta casa quando eu tinha dezenove anos, e olha pra mim agora tenho quarenta haha e continuo aqui. - Falei.

  - O Sr Frederic deve gostar muito de você. Depois de tantas coisas que você já fez, ele não te demitiu ainda. - O companheiro me disse rindo.

  - Horas eu nunca cometi crimes contra o patrão, que é isso?! - Respondí.

  O compadre riu.

  - Não estou falando disso... Lembra quando você achou que fosse demitido por causa daquilo com a empregada nova?

  - Lembro. - Respondí envergonhado.

  - Isso foi pior que quando você teve um caso com a outra empregada, a Irene quando vocês eram mais novos, logo nos primeiros anos de trabalho aqui.

  Parei e me lembrei do nosso caso. Na época eu com vinte e cinco e ela com vinte e dois. Comecei a olhá-la com outros olhos, uma vez ela veio trazer meu almoço aqui no campo, e a chamei para conversar.

  Eu a admirava, e ela sorria. Começamos a nos gostar e namoramos às escondidas.

   Um certo dia, o Sr Frederic descobriu tudo e ficou muito bravo por estarmos descumprindo os regulamentos de não se relacionar com os outros funcionários.

  Recebemos um castigo depois disso.

  No fim, resolvemos terminar, pois só assim poderíamos continuar trabalhando aqui.

  Vários anos se passaram, e começamos a esquecer disso, hoje somos apenas colegas de trabalho.

  Voltei à realidade.

  - Lembrando de tudo não é? - Meu companheiro me disse.

  - Oh! Haha. É melhor pararmos de conversar e continuarmos a trabalhar. - Respondí mudando de assunto.

  Ele me olhou desconfiado. Fiquei pensando no assunto, eu não estou mais apaixonado pela Irene, e sei que o que tivemos foi apenas ilusão.

  Mas sei lá... Eu nunca tive uma família e ela, bom se casou com um aí mas já faz uns anos que o mataram, não sei o motivo e ela ficou viúva. Apesar do tempo, ela continua bonita, é a mais nova das senhoras, e a Anastácia a mais jovem de todas.

  Sinto vergonha de ter feito aquilo com a moça, eu me deixei levar, e agora que eu me toquei, ainda não pedi perdão dela! Vou fazer isso.
 
Irene:

  - Ai não! - Dona Branca falou.

  - O que foi? - Perguntei.

  - Acabou chicória e eu não gosto de preparar sopa sem. Você poderia ir lá na horta buscar umas pra mim enquanto eu cuido essas panelas? - Ela me pediu.

À procura do destino [Livro 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora