Décimo Segundo

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Saber o que acontecia era uma coisa, preparar-se para ela era outra muito diferente. Cada vez que percebia Naruto observando-a com ansiedade tinha de virar o rosto para esconder a dor que a esmagava por dentro. Sabia que estava arrependido do pedido de casamento, mas seu orgulho não lhe permitiria recusar. Provavelmente jamais lhe pediria que o liberasse do compromisso, ela mesma teria de cortar aquele laço. Sentia que ainda não estava pronto para admitir que tinha se enganado, assim não tentou adotar nenhum curso de ação para romper agora. Quando o momento chegasse, saberia e o libertaria.

O ano novo passou e, como planejara, Naruto começou a trabalhar o dia inteiro. Sakura percebia que estava sempre ansioso para sair para o trabalho e logo começou a levar para casa uma pasta cheia de papéis. Imaginou se levava trabalho para casa para se fechar no escritório e se livrar da sua companhia, então mencionou que Sasuke havia aceitado sua sugestão e tirado um mês de férias e se sentiu culpada. Realmente estava atolado de trabalho sem o amigo para dividir a tarefa.

Uma noite, foi para a cama depois da meia-noite e gemeu de cansaço enquanto o corpo relaxava. Sakura virou para ele, tocou-lhe o rosto, fazendo uma trilha com os dedos em sua pele, e sentiu a barba começando a crescer.

- Gostaria de uma massagem para relaxar? - A voz era suave.

- Você se importaria? - Suspirou - Meu pescoço e meus ombros estão cheios de nós por me curvar o tempo todo sobre a escrivaninha. Deus, não é de admirar que Sasuke e Karin estejam com problemas, teve dois anos disso e é o suficiente para enlouquecer um homem.

Deitou-se de bruços e Sakura ergueu a camisola até as coxas, sentou-se de pernas abertas em suas costas e se debruçou para fazer sua magia nos músculos rijos. Quando os dedos firmes mergulharam na carne, deixou escapar um gemido de dor, então suspirou, aliviado, à medida que a tensão lhe abandonava o corpo.

- Tem visto minha irmã ultimamente? - Perguntou Naruto.

Os dedos dela pararam por um momento, depois retornaram os movimentos.

- Não, nem mesmo telefonou. Conversou com ela?

- Não, desde a noite em que veio jantar e nos contou que ela e Sasuke estavam separados. Acho que vai telefonar amanhã. Ahhhh, isso é maravilhoso. Sinto-me como se tivesse sido espancado.

Dobrou os dedos e passou os nós para cima e para baixo na espinha dele, dando atenção aos locais que precisavam de mais trabalho, como pedira. Deixava escapar pequenos grunhidos cada vez que tocava uma área mais sensível e ela começou a rir.

- Você está parecendo um porco - provocou.

- Quem se importa? Estou adorando isso. Senti falta das massagens, diversas vezes pensei em ligar para pedir que fosse até a empresa para me dar algumas, mas não pareceu uma coisa muito inteligente a fazer num dia ocupado.

- Por que não? - Perguntou, um pouco irritada por considerá-la uma massagista itinerante e mais ainda por não tê-la chamado.

Riu e se virou, habilmente mantendo o corpo entre as coxas dela.

- Porque - murmurou - isso é o que geralmente acontece comigo durante suas massagens. Deixe que lhe diga, passei momentos infernais tentando impedir que percebesse o que acontecia quando achava que eu era impotente e tentava tão lindamente me excitar para provar que não era.

Saiu de cima dele como um foguete, todo o corpo ruborizando.

- O quê? - Gritou, furiosa. - Sabia o que eu estava fazendo e me deixou continuar a bancar a idiota?

Riu ainda mais e a puxou para seus braços.

- Não precisei de muito para perceber - admitiu, ainda rindo. - Como se precisasse de roupas sedutoras para me excitar... mas não podia deixá-la saber o que fazia comigo sem amedrontá-la e afastá-la. Amor, você não estava me seduzindo, era eu que a seduzia, mas tinha de deixar você pensar que era o contrário.

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