2

67.6K 6.1K 22.8K
                                    

botei um delineado vermelho nele e eu to MORRENDO, meu deus, apreciem esse homem!!!

_____________________

— Eu te levo. - você arregalou os olhos, por que ele faria isso?

— N-não precisa, eu não quero incomodar.

— De modo algum. - ele se levantou. - Vamos.

Ele saiu andando, deixando você confusa pra trás. Apenas deu de ombros, era melhor do que ir andando de qualquer jeito. Você o seguiu, passando pelas pessoas da sala, que mal perceberam vocês dois passando ali, a fumaça predominava o local e todos estavam largados no sofá, dando risada no próprio mundo. Você e Suna saíram pela porta da frente, ele não tinha colocado o carro na garagem, estava na rua, vocês entraram e ele logo deu partida. Ele ter perguntou o endereço e você disse à ele.

O carro foi dominado por um silêncio agradável, você nem prestava atenção ao seu redor pra falar a verdade, estava imersa em seus próprios pensamentos. Sua cabeça estava totalmente focada em Osamu, ao mesmo tempo que sentia vontade de vê-lo, ficava aliviada por terem ido embora da festa mais cedo, mesmo se o vesse, o que diria? E se ele estivesse acompanhado da garota?

A quanto tempo eles conversavam? Você estava tão confusa e tão mal, as memórias boas de vocês invadiu sua cabeça com tudo, fazendo você ficar pior ainda, você sempre pensou que estava tudo bem entre vocês, a uma semana atrás vocês estavam dormindo juntos e agora ele estava com outra. Não fazia sentido nenhum pra você.

Você só se deu conta que chorava quando Suna te cutucou, te encarando preocupado. Vocês já estavam na frente da sua casa e você mal tinha percebido. Você limpou suas lágrimas, respirando fundo.

— Você... tá bem?

— Acho que não, mas eu vou ficar. - sua voz saiu um pouco embargada.

— Hm... eu tenho algo que vai te deixar bem.

— Eu não fumo, já disse.

— Ah... não é maconha. - ele enfiou a mão no bolso, tirando um pacotinho com três comprimidos brancos. - É vicodin! - disse, com um meio sorriso no rosto.

— E-eu não sei...

— É só analgésico, é de boa. Claro que se não quiser eu não vou forçar. - ele levantou as mãos, como uma forma de rendição, com o pacotinho entre os dedos.

Você mordeu os lábios, pensando sobre. Hana já tinha dito pra você que usara e que era bom, coisa leve. Você não estava acostumada com isso mas... se fizesse você esquecer de Osamu por algumas horas, talvez devesse experimentar.

— Pode ser... entra. 

Vocês dois saíram do carro, seus pais não estavam em casa nesse fim de semana, então não teria problema. Ele trancou o carro e você abriu a porta rapidamente, fechando assim que ele entrou. Subiram as escadas e você trancou o quarto, nunca se sabe a hora que os mais velhos chegariam. Assim que você bateu os olhos em Suna, ele estava sentado preguiçosamente em sua cama, só então você percebeu o quão aleatório sua noite havia ficado, você não esperava isso nem em um milhão de anos.

Sofrer por amor e ter um desconhecido em sua cama.

Você suspirou, se sentando ao lado de Suna, vendo que o garoto mexia no celular e parecia ter esquecido que você estava ali.

— Então... - você disse, fazendo ele olhar pra você.

— Abre a boca. - ele disse. 

Você fez o que ele disse, o vendo tirar um comprimido do saquinho e colando na sua língua. Você fez uma careta quando o gosto amargo da droga se fez presente em seu paladar, mas logo engoliu, o comprimido não era tão grande, era bem pequeno pra falar a verdade. Suna fez o mesmo que você, engolindo rapidamente.

𝐂𝐈𝐆𝐀𝐑𝐑𝐄𝐓𝐓𝐄𝐒 𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐄𝐗, suna rintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora