𝐂𝐈𝐆𝐀𝐑𝐑𝐄𝐓𝐓𝐄𝐒 𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐄𝐗, suna rintarou

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— Então... onde vamos?

— Sinceramente, não tenho ideia. - ele riu levemente.

Suna te levou até o carro, abrindo a porta e você entrou no mesmo. O garoto estava estranhamente calado, por mais que você não tivesse certeza se ele era daquele jeito de fato ou algo o incomodava, mas deixou de lado, nada que se passava com ele era da sua conta, vocês eram amigos a pouco tempo, apenas gostavam de passar o tempo um do lado do outro e apenas isso.

— [Nome]... - você o encarou, antes dele dar partida com o carro. - Que música quer ouvir?

— Acho que qualquer uma. Nossos gostos são parecidos. - deu de ombros, ele assentiu.

Suna tirou o celular do bolso, conectando com o som do carro e passando o dedo pela playlist, até selecionar uma, que você logo reconheceu qual era, sua banda preferida.

— Tá brincando?! Por que não me disse que gostava de Cigarrattes After Sex?

— Eu não disse? - você negou com a cabeça. - É minha banda favorita, acho que esqueci.

— Esse é um detalhe importantíssimo e você esqueceu? - ele te encarou, rindo da sua indignação.

— Foi mal, eu não sei se você percebeu, mas eu sou um pouco desligado das coisas.

— Sim, eu sei. - você soltou um riso fraco.

Ele ligou o carro e logo saiu do estacionamento, vocês cantarolavam a música da banda e você tinha os olhos presos na janela, mas logo rolaram até Suna. Você ficou encarando um pouco suas mãos no volante, o jeito que ele virava o mesmo com a palma da mão, quando trocava de marcha e relava levemente nos seu joelho. Você sentiu o coração acelerar e alguns pensamentos sujos surgiram na sua mente, mas você fez questão de espanta-los rapidamente, desviando os olhos do garoto.

— Quer ir pra minha casa?

— Seus pais não vão chegar lá... daqui a pouco?

— Eles moram em outro lugar. Eu moro sozinho. - você arregalou os olhos, a casa era não era grande, mas pra uma pessoa só, era enorme. 

— Pode ser então. - você deu de ombros, ele assentiu.

Você se perdeu mais um pouco no jeito que Suna dirigia, se sentindo irritada com o fato de que cada simples coisa que o garoto fazia era atraente, como existia alguém assim? Além de que vocês pareciam a mesma pessoa, mesmos gostos, mesmos pensamentos, tudo. Com Osamu não era bem assim, vocês tinham um gosto diferente musical e quase sempre divergiam em alguma ideia.

Você espantou os pensamentos, não tinha porque pensar em Osamu agora ou em qualquer hora, afinal, ele com certeza não estava pensando em você. Ao chegarem na casa do garoto, ele estacionou na garagem e vocês saíram do carro, logo entrando. Suna te levou até a parte da piscina e vocês se sentaram nas espreguiçadeiras ali, como da primeira vez.

— Se importa? - ele tirou um maço de cigarro do bolso, você negou e ele logo acendeu um.

— Sua casa é arrumada pra alguém que vive sozinho.

— Uhum, normalmente eu só uso ela pra dormir e pra trazer gente. - ele riu fraco. - Eu passo a maior parte do tempo na faculdade em dia de semana e fim de semana... eu não paro em casa.

— Eu não sei como você tem pique pra sair todo fim de semana. Por mim eu só saio de casa agora daqui a dois meses.

— Não aguento ficar sozinho comigo mesmo. Só se eu tiver usado alguma coisa. - você revirou os olhos.