Aviso de possível gatilho: uso de drogas em excesso, álcool, violência.
— Eu não fiz nada. - Suna a encarou. - Eu juro que não fizemos nada, eu só entrei lá porque eu tava bêbada demais pra ir pra casa e deitei do seu lado.
— Você tava com a minha blusa.
— Foi a primeira coisa que eu achei, cacete, Rin, qual o problema?
— A porra do problema é que eu tinha [Nome] ao meu lado! Você é idiota? Eu não tinha tempo mais pra aguentar o seu jeito grudento de ser.
— Desde que você conheceu ela você ficou irreconhecível. Vai se foder!
Kaori o empurrou, deixando Suna pra trás e se perdendo no meio da multidão. Suna não poderia estar pior, precisava ir pra casa, precisava dormir, precisava esquecer. Andou por toda a multidão, com intuito de ir embora, mas foi impedido pelo puxão que levou no braço.
— SUNARIN! - Terushima o abraçou. - Você não vai embora não, vem cá! - o loiro o puxou, não dando nem tempo de contestar. O levou pra outra sala, onde tinha um grupo 'exclusivo' de pessoas. - Senta aí, vou pegar um pouco de neve pra você!
— Ah, não, cara, acho melhor não, tô bem assi... - Suna parou de falar imediatamente quando o loiro colocou uma chave com um pouco de pózinho branco na frente dele.
— Vai me dizer que não quer? - Terushima sorriu ladino.
— Ah, porra...
Suna aspirou a droga não só uma, como quatro vezes depois de que foi oferecido, ingerindo juntamente com álcool e mais um maço de cigarro que ele tinha no bolso. Sentia-se horrível, ele com certeza, era a pior pessoa que conhecia e não tinha dúvidas sobre isso. Suna se odiava, sempre se odiou, desde que colocou o primeiro comprido na boca ele sabia que era o começo do seu decaimento. Era como uma âncora, a cada comprido, cigarro, bebida que colocava pra dentro do seu corpo, afundava cada vez mais, em um mar sem fim de depravação e indecência.
Por isso ele se viciou tanto em você, ao seu lado, ele não precisava de nada disso, você era como a luz no fim do túnel para ele, sempre lá, dando apoio e todo o seu amor, e agora que ele mesmo tinha acabado com isso, sentia-se a pior pessoa do mundo, mas ficava aliviado por você não ter que lidar com ele mesmo mais.
E então acontece. O momento em que a respiração dele começa a desacelerar e toda vez que ele respira, respira todo o oxigênio que ele tem, então tudo para. Seus pulmões, seu coração e então finalmente seu cérebro. Tudo o que ele sente, quer ou tenta esquecer apenas afundam, no mesmo mar que ele. O mundo parece ficar silencioso por um momento. Apenas as luzes coloridas e escuras do ambiente lhe eram perceptíveis, os LEDS vermelhos que se alternavam para azul ora ou outra batendo diretamente em seu rosto eram o que faziam ele ainda ter forças pra respirar e ficar acordado, sentindo seu peito doer a cada vez que o enchia de ar e o coração palpitar cada vez mais rápido.
Mas era por isso que Suna usava. Por esses segundos silenciosos e parados que a droga lhe oferecia, mesmo que fosse acompanhado de uma sensação ruim logo após.
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Você não saia do quarto praticamente desde que voltou pra casa, não comeu, não falou com ninguém e não iria tão cedo. Você apenas ficava na cama, no escuro, vendo alguma série pela tela do notebook ou apenas perdida nos pensamentos ouvindo alguma música triste, você só queria o direito de sofrer em paz e é isso que conseguiu depois de ignorar todos que tentaram algum contato.
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𝐂𝐈𝐆𝐀𝐑𝐑𝐄𝐓𝐓𝐄𝐒 𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐄𝐗, suna rintarou
Fanfiction𝘤𝘳𝘦́𝘥𝘪𝘵𝘰𝘴 𝘥𝘢 𝘧𝘢𝘯𝘢𝘳𝘵 = aikk00 𝘯𝘰 𝘵𝘶𝘮𝘣𝘭𝘳! [Nome] teve seu coração partido e ao mesmo tempo que lidava com a tristeza do fim do seu relacionamento, também lidava com a confusão que o garoto dos olhos amarelados lhe causava.