𝐂𝐈𝐆𝐀𝐑𝐑𝐄𝐓𝐓𝐄𝐒 𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐄𝐗, suna rintarou

after all - pt. 2

gente, vocês explodiram meu celular com notificação KKKKKKKK eu amei, obrigada, vcs são tudin p mim!!!

vão ler minha fic com o Kenma e eu digo se esperava ou não!!!

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Era ele.

Suna estava um pouco mais alto e um pouco mais magro, uma feição mais abatida também, olheiras fundas e a pele mais pálida do que sempre foi. Mas continuava incrivelmente lindo. Ele não usava os moletons de costume, mas usava uma roupa social qualquer, talvez estivesse no trabalho. Suna ainda tinha o sorriso levemente debochado no rosto e os olhos vermelhos, de sempre.

— Por que parece que você viu um fantasma? - ele perguntou, se aproximando. - Não ganho nem um abraço teu?

Você se levantou em um pulo, indo até ele e pulando em seus braços, envolvendo suas pernas envolta da cintura e Suna te segurou pelas coxas, se desequilibrando um pouco. Ele soltou uma risada melodiosa, essa risada era melhor do que qualquer música existente. Você colocou os pés no chão, mas continuava abraçada com ele. Suna te abraçava forte, te abraçava de um jeito como se nunca mais fosse te soltar de novo.

As lágrimas rolavam pela sua bochecha, molhando a blusa social preta que ele usava, mas você nem se importou de segurar. Não conseguia acreditar que estava nos braços dele mais uma vez. A sensação de conforto e carinho continuava a mesma, ele parecia o mesmo. Suna dava alguns beijos no topo da sua cabeça, acariciando suas costas e o abraço parecia ficar mais apertado a cada segundo que passava. 

— [Nome]... - ele te chamou com a voz falha, você afastou seu rosto, o encarando. - Me descul...

Antes mesmo dele terminar a frase você segurou seu rosto, colando ambos os lábios. Você não queria saber de desculpas, explicações ou qualquer outra coisa, pelo menos não agora, você apenas queria o sentir, coisa que não fazia a tempos e precisava disso, tanto você, como ele. O beijo era lento, repleto de saudade. Você não iria se importar com o fato dele ter ido embora, você era orgulhosa, claro, mas o amor que sentia por ele era mais que qualquer coisa e não tinha o porque ficar brava com ele agora, apenas sentia-se feliz por ter ele de volta.

— Eu senti tanto sua falta. - você disse assim que se afastaram, você ainda segurava o rosto dele.

— Eu também. - ele disse, te dando um selinho. - Deixe eu me desculpar, ok?

— Não. Não precisa, Rin, não tem porquê se desculpar.

— Tem. - Suna suspirou, tirando suas mãos do rosto dele e acariciando o seu. - Eu tive quase três anos pra pensar em tantos jeitos diferentes de sair daquela situação. Eu não queria ter te deixado pra trás, [Nome].

— Você tá aqui agora. - você sorriu, fazendo ele sorrir também. - Isso que importa. - Suna te abraçou mais uma vez, você tinha os braços envolta do seu pescoço e ele apertava forte sua cintura.

— Senti tanta falta disso. - ele afundou os dedos na sua cintura. - E disso. - Suna afastou um pouco o abraço, te dando um selinho demorado. - Tenho algo pra você.

Você o olhou curiosa, Suna tirou do bolso o celular, junto com o fone. Ele desbloqueou o aparelho, deslizando o dedo pela tela, desenrolou o fone e colocou um na sua orelha direita, ele fez o mesmo. Suna te trouxe ainda mais perto, te deixando totalmente dentro de seus braços.

— Não vai perguntar o que estou fazendo? - você gargalhou, assentindo.

— O que você tá fazendo? - ambos tinham um sorriso enorme no rosto.

— Dançando com você. 

Você riu, sentindo as lágrimas voltarem a escorrer pelo seu rosto, era um sentimento enorme pra você não chorar. Saudade é uma coisa boa até um certo ponto, mas a saudade que você sentia dele já havia começado a ser dolorida e não tinha nada melhor do que conseguir matar essa saudade. Quando apocalypse começou a tocar no fone de ouvido, vocês se movimentavam lentamente, você tinha a cabeça encostada em seu peito, ouvindo cada batida do seu coração. Suna tinha o queixo descansando no topo da sua cabeça, ele se mexia pra distribuir alguns beijos na sua cabeça ou no seu rosto.

Uma chuva fina começava a cair, aquelas chuvas gostosas que caíam aleatoriamente no fim da tarde, mesmo tendo poucas nuvens no céu e ainda ter uma coloração bonita na paleta de cores que a falta de luz do sol proporcionava. A música tocava repetidas vezes, mas vocês não ligavam, vocês não iriam se soltar tão cedo, precisavam matar cada resquício de saudade que havia sobrado e queriam ter certeza que nunca mais sentiriam a mesma coisa.

Não era preciso palavras pra dizer que vocês ainda se amavam. O sentimento era recíproco. Vocês sempre iriam pertencer um ao outro e nada no mundo mudaria isso, nem a distância, brigas e muito menos uma pessoa. Poderiam separar vocês dois, mas força-los a esquecer um do outro ou fazer o amor que existia em vocês sumir era impossível.

Você se sentia em casa de novo.

Suna não precisava usar mais nada com você ao lado dele.

— Eu amo você. - ele disse. - Eu não sei se você ainda sente a mesma coisa, mas...

— É claro que eu sinto, Rin. Eu nunca deixaria de te amar. - você deu um selinho em sua boca. -Eu amo você. Nunca mais vá embora, ok?

— Não vou. Sabe que nunca fui o melhor com promessas, mas... dessa vez eu realmente te prometo.

Vocês continuaram na mesma posição, até perceber que a chuva se engrossava cada vez mais, chegando ao ponto de deixar vocês completamente encharcados. Vocês estavam felizes, quem passasse por vocês com certeza os achariam malucos por estarem dançando na chuva, mas vocês estavam completamente sãos.

— Eu não quero você gripada. Que tal me dar uma carona, uh?

— Eu não vim de carro. - você choramingou. 

— Tudo bem... não queria que minha namorada me desse carona mesmo. - ele fez graça, dando de ombros.

— Ainda sou sua namorada?

— Não sei... você aceita ser minha namorada? De novo?

— Aceitaria mesmo se fosse a milésima vez.

Suna sorriu, te dando mais um abraço apertado. Vocês dois correram até o carro dele no momento em que a chuva caia sem parar, Suna ainda fez questão de abrir a porta pra você. Ele deu a volta, entrando no carro também. Vocês estavam ensopados, a sorte era que os bancos eram de couro. Suna esticou o corpo pra trás, pegando um moletom vermelho no banco do passageiro e te entregando, você agradeceu, tirando o molhado e colocando o seco. 

— Tira a blusa. - você disse. - Vai ficar gripado com ela.

— [Nome], eu sei que eu sou uma tentação, mas se segura até chegar em casa, meu amor. - você deu risada, revirando os olhos.

— Eu senti falta até desse seu humor sem graça.

— Eu senti falta de absolutamente tudo. - ele sorriu, te dando mais um beijo.

Suna tirou a blusa e ligou o aquecedor do carro. Ele te entregou o celular, dizendo pra você colocar uma música, ele não disse a senha, mas você tentou a antiga e ainda era mesma. O celular era outro, mas o papel de parede ainda era você. Você sorriu boba com a foto e entrou no aplicativo de música, colocando affection, cigarretes after sex.

— Onde vamos? - você perguntou.

— Pra minha casa. - ele respondeu. 

— A nova, certo? Sinto falta da antiga.

— Exatamente pra onde vamos. - ele colocou a mão na sua coxa, acariciando com o polegar. - Que tal bolar um pra gente?