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Depois de uma madrugada inteira de conversa com Suna, vocês dois resolveram que iriam continuar do jeito que estavam, sem rótulos, apenas deixando-se levar com a naturalidade que sempre tiveram. Era pouco mais de cinco da tarde, vocês não tinham acordado a muito tempo, já que ficaram até de manhã conversando. Você cozinhava qualquer coisa fácil que viu pela frente, enquanto Suna terminava de arrumar a bagunça dos dias anteriores. Você recebeu incontáveis ligações dos seus amigos, assim como Suna, já que os dois faltaram na faculdade, você tomou uma bronca de Hana, mas depois de explicar por cima a situação, ela entendeu.

Mas o clima entre vocês não estava um dos melhores, não que vocês estivessem com algum ressentimento um do outro, nem de longe, só não estava o melhor no momento, Suna não disse nada desde que acordou e nem você, apenas o básico. Mas isso não te agradava nem um pouco, as coisas pareciam diferentes e você não gostava disso.

Você cantarolava uma música qualquer que tocava nas caixas de som que ele tinha na casa. Quando a mesma acabou, você sorriu levemente quando apocalypse, cigarrettes after sex, começou a tocar, você gostava tanto dessa música, mas pela memória que tinha com ela, de você e Suna dançando na praça mal iluminada, ainda quando vocês pouco se conheciam.

Você suspirou, desligando o fogo e indo até ele, Suna te olhou com as sobrancelhas arqueadas, largando a vassoura no chão de qualquer jeito quando você se aproximou e envolveu seus braços em volta da cintura dele, deixando a lateral do rosto encostada em seu peito, ouvindo cada batida do seu coração.

— O que está fazendo? - ele perguntou, te abraçando.

— Dançando com você. - você respondeu, tirando um sorriso do moreno.

Vocês apenas ficaram abraçados, mal se mexiam, apenas balançavam um pouco e sentiam o calor um do outro, ficar tão perto assim dele era uma das suas coisas favoritas. Vocês ficaram ali um bom tempo, até mesmo depois da música acabar e começar a trocar outra, nenhum ousaria se afastar e nenhum queria.

— Eu não disse pra você ainda, não?

— O que? - você levantou a cabeça, o encarando.

— Eu também amo você.

— Eu sei. - você riu anasalado, voltando a encostar a cabeça no peitoral descoberto. - Você já disse uma vez.

— Uh... então você estava acordada? Que feio, [Nome], me enganar desse jeito.

— Perdão. - você soltou uma risada breve. - Rin... nós vamos dar certo, não vamos?

— Eu espero que sim. Se não... a gente tenta até funcionar.

Você gargalhou, ficando na ponta dos pés e dando um beijo nele, não muito demorado, já que logo você se afastou e voltou pra cozinha, enquanto Suna pegava a vassoura do chão. Você passou o resto do dia com ele, apenas voltando pra casa perto das dez. Você tomou um leve sermão dos seus pais por desaparecer por quase um dia inteiro, mas quando você disse que estava com Suna, eles se calaram rapidamente. Pelo menos ele tinha uma imagem boa.

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Os dias se passaram normalmente pra você, já fazia quase três semanas que você e Suna tiveram aquilo que pode-se chamar de briga e desde então, vocês estão cada vez mais próximos, se isso era possível. Suna sempre te levava pra dar uma volta de carro na cidade a noite ou em algum lugar novo com alguma culinária estranha que ele gostava e fazia questão de você experimentar, por mais que você negasse na maioria das vezes.

Estranhamente, Osamu estava mais próximo de você de novo. Não especificamente de você, mas ele, junto com Kita e Aran, começaram a passar mais tempo com seus amigos, não que você ligasse, já que sempre estava junto com Suna, mas foi um pouco surpreendente essa aproximação do gêmeo.

𝐂𝐈𝐆𝐀𝐑𝐑𝐄𝐓𝐓𝐄𝐒 𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐄𝐗, suna rintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora