Cheers!

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24 de dezembro de 1946 - Inglaterra.

Tomei uma respiração profunda quando entrei em meu quarto e segui direto para o Closet na porta de dentro.

Eu estava com uma blusa repleta de molho de tomate que precisava ir para a lavanderia o mais rápido possível antes de ser completamente manchada.

A retirei do meu corpo com pressa e fiquei vestida apenas com o sutiã da cintura para cima antes de a jogar no cesto de roupa suja.

Quando finalmente dei as costas para me virar e pegar uma roupa limpa, senti braços fortes me apertando.

— Harry...— Murmurei rindo quando senti os braços fortes me rodeando pela cintura. — Eu nem notei você entrando.

— Percebo que cheguei hora certa. — Respondeu sorrindo.

O seu próximo passo foi afastar meus cabelos da nuca, os pousando delicamente em meu ombro direito, finalmente ganhando espaço para que sua boca pudesse deixar pequenos beijos em minha nuca.

— Você vive se esquivando de mim ultimamente... — Murmurou abafado por seus lábios estarem colados na parte de trás do meu pescoço.

— Não ando me esquivando de você! — O corrigi e me livrei de seu abraço apertado para poder me virar e olhá-lo nos olhos.

— É claro que anda, está fazendo agora de novo! — Bufou. — O que há de errado? Você não me ama mais? — Fez drama e eu revirei os olhos enquanto ria.

— Não poderia mesmo se quisesse e não quero, nunca quero deixar de amar você. — Disse acariciando seu rosto perfeito.

— Então prova! — Me surpreendi quando ele me pegou em seu colo e caminhou comigo em seus braços para fora do closet até chegar na cama e me jogar lá.

— Harry! — O repreendi olhando a porta que estava somente encostada.

— Sentimos sua falta... — Ele sussurrou em meu ouvido e eu franzi o cenho apenas por um instante antes de entender o que ele havia dito.

— Por Deus! Você é tão atrevido! — O empurrei de leve tentando o tirar de cima de mim para que eu pudesse me levantar.

— Você não sente minha falta, Blanche? — Disse firmando seus braços ao lado do meu corpo enquanto me encarava com um sorriso ladino brincando em seus lábios.

— Não é como se não tivéssemos transado há apenas dois dias atrás! — Fiz pouco caso e ele me olhou surpreso.

— Isso é uma maldita eternidade! — Eu ri e tentei o tirar de cima de mim outra vez.

— Vamos, Harry! Me deixe ir! — Pedi quando ele deixou com que seu peso me prendesse ainda mais ali.

— Não, eu não vou deixar! — Disse. — Eu te seguro... — Disse antes de me beijar.

Respirei fundo gostando de seus toques em minha pele, de seu beijo sendo distribuídos na minha boca e...

A porta aberta.

— A porta está aberta...— Murmurei quando ele desceu os beijos pelo meu pescoço.

— Uhum...— Murmurou tentando me fazer acreditar que havia escutado o que eu disse.

— Harry, eu falo sério! Ainda é dia e a casa está cheia, as crianças estão acordadas e...— Me calei quando senti a ponta de seus dedos encontrando minha intimidade e a acariciando por cima da calcinha que usava.

Foi inevitável não conseguir conter um suspiro carregado de surpresa por seu ato inesperado. Seus olhos claros encontraram os meus, ele sorria maroto e convencido, orgulhoso por fazer eu me calar apenas com um toque.

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