Jardim de Alvura (Sina).

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Do Éden para o meu jardim de alvura,

De alguma forma excêntrico e inexplorado.

Te espero deitado na brancura,

Desejando incessantemente um pincel incentivado.

Meu coração agora carrega o peso do mundo,

Minhas palmas equilibram dois corações.

Os olhos enxergam seus caminhos,

Me vejo infinito através de você.

Não existe inércia apenas força.

Não existe matéria apenas energia.

Só o necessário, juntos e aliados

Feitos dentro de um abraço.

Ainda assim, com todos os tons calados

Me pinte com o mais lindo tom de violeta,

A cor que traça os mistérios

Como se não fossemos desse planeta.

A singularidade deste momento me pegou no laço

Me chicoteou no ar para sentir o verdadeiro amor.

Fez de mim um pequeno penhasco

Onde pular não traria dores nem ardor.

Fosse como foi, teu brilho e teu esplendor

Me encantaram os sentidos,

Então todas as minhas versões ecoaram juntas

É isso que se chama "O Infinito?". 

Pintura: Garden With Weeping Willow - Van Gogh, 1888.


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