Se o etéreo não é real, eu também não sou.
Formada materialmente por carne e ossos,
Mente acelerada, assertiva e independente,
Colada está a alma, mística e ascendente.
Água que corre da cabeça aos pés
Os pés que se afundam em terra,
Fogo que consome minhas mãos
O vento que refresca minhas ideias.
Espiritualmente inteira, eu espelho a natureza.
O vestígio da sabedoria selvagem são minhas garras,
Minhas patas e até meu paladar, sei degustar,
Me perder, morrer, ressuscitar e me reencontrar.
O que seria de mim se não tivesse preenchido
Meu vasto vazio com o infinito universo?
Dos meus passos largos sem sentido
Me tornando algo que jamais havia existido.
Minha forma é incomparável apesar de mutável,
Meu som é estrondoso e ecoa até o fim do mundo,
Minha sabedoria pode transcender o terrestre,
Minha existência atinge mundos que você não conhece.
Pois o sol que te aquece me aquece
E a luz da nossa lua nos ilumina,
Os astros que nos enxergam sabem
Que o Uno une as nossas vidas.
Pintura: Flower - Alphonse Mucha, 1897.
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Á PROCURA DO SER - ARTE E POESIA.
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