Acordou abruptamente de um pesadelo
O homem congelado pelo tempo.
Abriu os braços afobado, viu o passado
E sentiu um enorme medo.
Do lado esquerdo pulsava
A voz estridente de um encosto.
Presságio deprimente, horrendo,
Alto, magro, sem esboço e sem rosto.
Esqueleticamente o corpo abraçava a roupa,
O chapéu caia na face sem rubor.
Pose de maldito horripilante abrindo os olhos
Brancos e definhando, a hora do terror.
Aproximou-se como predador e
Cheirou o homem como carcaça.
O outro com pavor, entregou logo sua alma.
Disse "Leva-me peste maldita, tome o meu ardor".
O encosto sem afeto jogou com mais horripilância,
Disse "Não quero teu ardor e nem sua depressão,
Desejo o afago lhe dado por um grande amor".
O Homem assustado, na cama se revirou.
"Não lhe entrego o que poderia ter conquistado em vida!
Deve ser peste maldita, que feriu o amor.
Volte para o descanso da vida,
A morte nada lhe roubou".
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Á PROCURA DO SER - ARTE E POESIA.
PoetrySINA(1) "Fatalidade a que supostamente todos estão sujeitos: destino." METAMORFOSE (2) "É a mudança considerável que ocorre no caráter, no estado ou na aparência de uma pessoa, é a transmutação física ou moral." METAFÍSICA (3) "No aristotelismo, sub...