A pele que me habita
Os fios que me prendem
O ar que eu respiro
A alma que me preenche.
A tempestade que me afoga
O oceano que me engole
A brasa que me queima
Os sentidos que me contorcem.
Todos falam sobre morte
Sobre alma, paz e sorte.
Eu vejo a cara da origem,
Do nascer, da vertigem.
O medo é inimigo da vida
Aliado da mentira e persegue a vítima.
Caça até destroçar a presa,
Serve o cadáver em cima da mesa.
Morrer é corroer a alma na mentira,
Prosperar que só existe uma vida,
Acreditar em ditados populares.
Você vai perder a sua vida.
Escolha uma passagem
Nesse labirinto de miragens,
Uma hora você se encontra
Ou perde a viagem.
Pintura: Anxiety, Edvard Munch - 1894.
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Á PROCURA DO SER - ARTE E POESIA.
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