× ARTHIT HOORNE ×
(20 de Dezembro)Aperto o meu casaco no corpo e solto o ar pelo nariz, é possível ver a espessura esbranquiçada que deixa meus lábios, o inverno havia chegado. Embora eu tenha certeza que não me lembro nem da primavera corretamente, e se for sincero, eu não me lembro de nada dos últimos meses, nem do do acidente que tive no começo do ano e me deixou em coma.
Mas esse não era o ponto aqui, o meu cérebro parecia não guarda aos meus últimos dias, eu sequer me lembrava o que comi na noite anterior, e nem do café da manhã antes de chegar aqui. Era algo da qual me fazia começar achar que tenho Alzheimer, ou só não dava a mínima importância com coisas pequenas, qualquer uma delas é a resposta certa.— Você quer que eu vá com você até lá em cima ? - A voz de Drake me puxa de volta a realidade.
Pisco algumas vezes e olho na sua direção, vendo meu amigo, ainda dentro do carro tendo o seu vidro abaixado. Sorriu de canto ao me inclinar, vendo Frank no assento do passageiro.
— Não, não precisa. Mas agradeço pela carona, e desculpem por isso de novo. - Falo.
Frank se inclina contra Drake, seu namorado, tendo um sorriso fofo em seus lábios. Ele era tão gentil e atencioso quanto Drake.
— Não foi nada, e pare de pedir desculpas. - Frank adverte. — Os amigos se ajudam, e vamos estar aqui para te buscar a uma hora.
— Eu posso pegar um táxi. - Digo, pois sei que preciso dar espaço a eles.
Havia cerca de um ou dois meses desde minha última tentativa de suicídio, e não havia a nada mais que me fizesse a ter apagões ou a crises de pânicos, e os pesadelos também diminuíram e gostaria que continuasse assim. Ambos já são grudados demais comigo, até chegam a me deixar dormir entre eles quando estou agitado, não se importando se vou acordar eles no meio da noite ou não.
Mas isso era demais, eu estava os sugando e odiava ser esse buraco negro horrível, é por isso que eu estava voltando para a Tailândia depois de amanhã, consegui me transferir para a universidade de lá e começaria o segundo ano de Medicina no começo de fevereiro. E isso faz de hoje, a minha última terapia aqui e o último dia com os meus dois melhores amigos, que não saem do meu pé a semanas desde que recebi a aprovação da universidade da Tailândia e vou os deixar aqui.— Você sabe quantos germes tem em um táxi, Arthit ? - Resmunga Frank, estremecendo apenas de pensar. — Milhares. Então vamos estar aqui para te pegar em uma hora.
— Sem discussão. - Acrescenta Drake. — E vamos ao Café que está no centro, aquele que tem seu chá favorito.
Sorriu, assentindo levemente, era difícil ganhar uma discussão com os dois. Ou eu só estava cansado demais para fazer isso depois das últimas apresentações e todos os trabalhos de conclusão ao fim do ano letivo.
— Tudo bem. - Murmuro, o que faz os dois sorriem. — Vejo vocês dois, daqui uma hora.
Me indireito no lugar, ouvindo os dois se despedirem e observo ao carro sair do meio fio, e logo ergo o olhar para o prédio que eu bem conheço e poderia andar de olhos fechados sem me perder. Pois era aqui que ao menos duas vezes na semana eu me sentava e esperava que minha vida tomasse a algum rumo, que está indo aos poucos, embora os remédios me ajudem a diminuir as crises, minha libido é zero.
Mas é aquilo, todas lutas tem os seus sacrifícios, e a minha não é diferente. Mas se tudo desse ao menos certo, ainda no começo de janeiro eu daria uma pausa com os remédios para a ansiedade e a depressão ao intuito de ver como tudo está indo até conseguir uma outra terapeuta por lá.Suspiro e entro no prédio, passo pelo saguão com um aceno leve de cabeça para o funcionário que está ali todos os dias e sigo para o andar que estou sendo esperado. As minhas mãos soam dentro do bolso do casaco, mas prefiro não as limpar, uso a escada para ir ao andar, era assim que gastava um pouco do meu nervosismo.
Logo chego a ele e troco poucas palavras com a secretária, e me sento na cadeira desconfortável do lugar, e olho para a parece na minha frente com curiosidade ou apenas distração dos olhares que recebo ao meu redor. Haviam ao total de 7 pessoas aqui, contando comigo, mas é claro que todas as 6 são mulheres, de vários tipos de idade.No começo foi estranho vim aqui duas vezes na semana, e não por ser difícil de chegar, mas sim por medo de se abrir com a terapeuta e aceitar que tenho um problema de verdade, e ainda mais por ser um lugar onde só terá mulheres, nenhum homem. Nunca.
Mas soube que isso é comum em vários lugares, pois homens tem mais problemas em aceitar que precisam de ajuda e ainda mais para buscar ela. O que faz de mim a minoria da porcentagem de que homem fazem terapias para lidar com suas merdas.A porta da sala se abre, e minha terapeuta aparece tendo um dos seus sorrisos simpáticos.
— Vamos lá, Arthit. - Diz ela.
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Fim da primeira parte.
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BROKEN PARTS × STALEC2
Fanfiction2T STALEC | Com o fim de WHAT IF, ainda restou uma lacuna em aberto na história. E é aqui, onde vamos descobrir o que aconteceu com o nosso trisal, ou seja, um SPIN-OFF. Um ano após os acontecimentos que levaram Stiles Stilinski a se tornar um Caçad...