{2}

743 45 87
                                    

— Não me olha assim. - ela falou rindo.

— Você está fazendo isso para me provocar. - falei me levantando para jogar as coisas na lixeira.






Gabriele fez o mesmo, e entregamos as bandejas. Fomos ao banheiro, retocamos a maquiagem e no momento que íamos sair, chegou um trio de garotas e elas olharam diretamente para mim.






— Que prazer em te ver aqui, Gabriele. Vejo que agora não está sozinha. - uma delas falou com a minha amiga. Ela tem cabelos ondulados e ruivos, é a mais alta de todas e parece não ter gostado muito de mim.

— Falem logo o que querem comigo. - Gabriele falou impaciente e cruzou os braços.

— A sua amiguinha está chamando bastante atenção dos garotos e percebi que ela não tirou os olhos do professor Christopher. - a segunda garota falou me olhando de cima para baixo. Ela tem uma pele branca, olhos azuis e os cabelos pintados de loiro.






Agora só falta ela dizer que estou interessada no professor.





— Vamos sair daqui. - falei baixo quando toquei no braço da Gaby.

— Está com medo da gente? Relaxa, não vamos te morder. - a terceira garota debochou. Ela também é loira, mas com os cabelos curtos acima dos ombros e tem sardas no rosto. — Acredito que você não queira que todos fiquem sabendo que está interessada no nosso professor de Física.

— É melhor vocês calarem a boca antes que eu quebre as suas caras! - minha amiga ficou com raiva e quase partiu para cima delas, mas eu consegui segurá-la.

— Gaby, tente ficar calma. - falei segurando o braço dela.





Estava tudo na santa paz até quando essas garotas apareceram. Acredito que nem tão cedo vão me deixar em paz. Isso é um absurdo! Só falta elas espalharem para todo mundo que estou interessada no professor, mas isso é uma mentira. Como vou me interessar por uma pessoa que não conheço?

O sinal bateu, saímos do banheiro e fomos até o bebedouro. As patricinhas se afastaram e foram falar com os rapazes que estão perto dos armários onde guardamos os livros. Puxei a Gabriele para que entrasse na sala e esperamos começar a quarta aula.





                                            ʜᴏʀᴀs ᴅᴇᴘᴏɪs...







Chegou a hora de ir embora. Quase morri de tédio com as três últimas aulas, porque os professores mal entraram na sala e começaram a passar atividades para fazer em casa. Gabriele e eu tivemos que irmos até uma praça para esperar a van chegar. Enquanto isso, ficamos conversando, observando as pessoas e falamos mal dos professores, exceto os bonitões.

Vi o professor Christopher saindo pelo o portão, conversando com as meninas. Tá na cara que elas querem ter uma aproximação mais íntima com ele. Quem sou eu para falar isso? Prefiro ficar longe dos professores, pois a minha mãe havia me dito para eu não ter muito contato com eles.





— Oi, meninas. - Felipe apareceu na nossa frente e sentou no meio de nós. Ele é o nosso vizinho e nos conhecemos desde crianças. Segundo a Gabriele, ele sempre foi apaixonado por mim, mas nunca assumiu os seus sentimentos.

— Oi, Felipe. Eu nem te vi na escola. Por acaso ficou na outra sala? - Gabriele perguntou. É óbvio que ele ficou na outra sala.

—  Sim, fiquei na turma do 2°A. Queria muito ter ficado na mesma sala que vocês. - ele respondeu olhando para mim.

мιинα ρяιмєιяα ραιϰα̃ο | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora