мιинα ρяιмєιяα ραιϰα̃ο | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢ

{ᴇᴘɪ́ʟᴏɢᴏ | ᴘᴀʀᴛᴇ ɪ}

                              αℓgυиѕ мєѕєѕ ∂єροιѕ...

— Chris, você não vai tomar o seu café da manhã? - perguntei quando ele saiu do quarto. Ele não parece ter acordado com bom humor. 

— Estou muito atrasado. Não tenho tempo pra tomar o café da manhã. - Christopher respondeu sem olhar para mim. 

— Pelo menos coma uma fruta no caminho. Eu não quero que passe mal no trabalho por ter saído de casa com o estômago vazio.

— Eu vou fazer isso.

Christopher pegou uma maçã, deu uma mordida e fez um gesto para que eu o acompanhasse na saída. Antes disso, eu tive que pegar a minha mochila e tranquei a porta do apartamento. Faz pouco tempo que me mudei para cá. Decidi morar no apartamento com o meu namorado e, além do mais, o trajeto de ida para a escola será bem menor. Minha mãe foi contra a minha decisão, mas aos poucos ela foi entendendo que já sou maior de idade e que chegou a hora de tomar as minhas próprias decisões. 

Aconteceram tantas coisas boas que nem sei por onde começar. Minha mãe realizou o sonho de abrir uma confeitaria; Gabriele começou a fazer curso de maquiagem; Richard se tornou coreógrafo profissional e ajuda diversos dançarinos a ensaiarem; meu pai continua feliz com a Fernanda; os professores, Alexia e Zabdiel, descobriram que vão se tornar pais e que estão muito contentes com essa notícia. Fico tão satisfeita em saber que todos estão vivendo as suas vidas alegremente!

— Já chegamos. - Christopher avisou desligando o motor e tirou o cinto de segurança.

— Chris, por que você está tão estranho comigo? - perguntei puxando o assunto. 

— Eu? Estranho? Do quê você está falando? - ele franziu a testa. 

— Não adianta se fazer de desentendido. Eu sei que está me escondendo alguma coisa. - respondi encarando ele.

— Isso é coisa da sua cabeça. 

— Tudo bem. Aqui não é o lugar certo para discutirmos sobre esse assunto. 

Tirei o cinto, coloquei a mochila no ombro e desci do carro. Fiquei na calçada esperando a van dos alunos que moram no interior, enquanto Christopher travava as portas do carro e entrou na escola sem olhar para mim. Ele anda muito estranho ultimamente, me trata com muita frieza e quase nem fala comigo. Eu sei que tem algo de errado nisso, porque ele não era assim. Preciso encontrar um jeito de descobrir o que realmente está acontecendo. Não posso ficar de braços cruzados. 

— Amiga, que saudades! - ouvi os gritos da Gabriele. Ela havia acabado de sair da van, atravessou a rua e veio me abraçar. 

— Desse jeito você vai acabar me amassando! - falei quase sem ar, e ela me soltou. 

— Me desculpe, Vick. Eu me empolguei quando te vi. - ela falou passando a mão no cabelo.

— Pensei que você ia vim com o Richard. 

— Hoje ele tem um compromisso muito importante na academia de dança e teve que sair cedo, então nem deu tempo de me deixar aqui. 

— Agora está explicado. 

Em instantes, vimos o carro do professor Zabdiel estacionado no outro lado da rua e observamos ele descer com a professora Alexia. Ambos pareciam estar muito felizes, pois ela está grávida de cinco meses e a barriga começou a aparecer. Gabriele quase nem piscou o olho com a cena, pois mesmo estando namorando com o meu irmão, ela ainda continua jogando cantadas no professor, porque ele apareceu com um novo corte de cabelo que o deixou muito atraente. Ele fica gato de qualquer jeito!