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— Você vai me levar para a casa? - perguntei confusa.

— Você não quer ir? - ele perguntou se levantando e tirou a areia da calça.

— O meu pai não sabe que estou aqui. - respondi pegando na mão dele, me levantei e calcei a sandália.

— Eu quero te levar para conhecer um lugar. - ele disse animado.

— Você poderia me dizer para aonde vai me levar? - perguntei seguindo ele.

— Você vai saber. - ele respondeu pegando na minha mão.

— É sério, Chris. Me diga aonde você vai me levar. - falei com a voz manhosa.

— Já, já você vai saber. - ele pegou na minha mão.







Acompanhei ele até esse lugar misterioso e acabei descobrindo que o Christopher está ficando em uma casa que fica de frente com a praia. O lugar é bem espaçoso, com bastante quadros nas paredes e vasos por todos os cantos.







— Esta é a sua casa? - perguntei observando a sala.

— É sim. O meu pai me deu de presente. - ele respondeu com aquele sorriso lindo.

— Que lugar incrível! Por que você não mora aqui? - perguntei olhando para ele.

— Eu gosto de ficar aqui nos fins de semana e nas férias. - ele respondeu colocando as mãos nos bolsos da calça.

— Me encantei pela a sua casa. - falei sorrindo para ele.

— Você vai querer beber algo? - ele perguntou indo à direção da cozinha.

— Muito obrigada, mas não vou querer nada. - respondi andando até ele.







Christopher ascendeu a lâmpada da cozinha, e eu entrei para ver as decorações. O lugar é bem organizado, os armários são impecáveis e amei os detalhes das paredes. Observei ele pegar uma garrafa de vinho de dentro da geladeira, tirou duas taças do armário e fez um sinal para eu segui-lo até a sala. Sentamos no sofá, ele abriu a garrafa e serviu nas duas taças. Fiquei em dúvida se poderia beber ou não.







— Você nunca bebeu vinho? - ele perguntou e depois bebeu um gole.

— Eu nunca bebi isso. - respondi pegando na taça e fiquei observando a bebida. 

— Não tem problema nenhum em experimentar um pouco. - ele se ajeitou no sofá.

— Acho que ninguém vai descobrir que andei bebendo. - olhei para ele.






Christopher levantou a taça, e eu resolvi beber um gole do vinho. Senti um negócio quente por dentro, porém gostei do sabor e continuei bebendo. Ficamos na sala conversando e rindo bastante das besteiras que falamos. Talvez eu me arrependa por ter me aproximado mais uma vez dele, mas percebi que não consigo ficar mais um dia longe o Christopher. Amo a sua companhia, a sua alegria, o seu jeito de ser... tudo nele me chama a atenção.

Fiz a escolha certa ter saído daquela festa depois do que aquela louca fez comigo, porque não tinha condições de continuar ouvindo aquele barulho forte e ficar no mesmo ambiente onde os meus colegas estavam se "pegando". Eu precisava ficar perto do Christopher, já que ele é uma das únicas pessoas que me entende e que me faz esquecer de todos os problemas. Prometi a mim mesma que não ia me aproximar dele, só que não consegui fazer isso.

Bebi quase a garrafa toda com o Christopher e senti o mundo girar em minha volta. Exagerei um pouco na bebida, mas eu precisava me relaxar um pouco e conservar com alguém. Ele se levantou do sofá do outro lado e sentou perto de mim. Senti a sua mão tocar na minha coxa e o puxei para um beijo. Aproveitamos aquele momento para matar saudades do tempo que ficamos afastados.






мιинα ρяιмєιяα ραιϰα̃ο | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora