мιинα ρяιмєιяα ραιϰα̃ο | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢ

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                                        ɴᴏ ᴅɪᴀ sᴇɢᴜɪɴᴛᴇ...

— Victoria, desde quando você tem tanta intimidade com professor Christopher? - minha mãe perguntou me mostrando as conversas no meu celular.

— Eu sabia que tinha algo de errado nessa história. - meu pai falou me olhando.

Eu não acredito que o papai se atreveu a entregar o meu celular para a mamãe. Fui muito burra por não ter colocado uma senha na tela de bloqueio e nos aplicativos. Agora eles vão pensar que estou tendo um caso com o professor Christopher.

— Não vejo nenhum problema em conversar de vez em quando com ele. - tentei explicar.

— Quantas vezes eu já te falei pra não ter amizade com esses professores? Você está lembrada do que aconteceu com a sua prima? - minha mãe  começou a gritar.

— Filha, nós queremos te proteger, então não tente complicar as coisas. - meu pai falou em um tom calmo. — Eu sei que o Christopher é um bom rapaz, mas acho melhor você se afastar dele para evitar problemas.

— Até entendo que vocês se preocupam comigo, mas não vejo nada de mal em manter contato com ele por mensagens. Quero que saibam que não vou cometer os mesmos erros que a Eduarda, pois já tenho 17 anos e sei me cuidar sozinha! - falei tentando evitar o choro.

— Victoria, eu não quero que continue tendo contato com ele. Agora mesmo vou te deixar na escola pra fazer as provas e depois vou ter uma conversa bem seria com esse professor. - ela disse pegando na bolsa e colocou no ombro.

— É o melhor que podemos fazer para que não aconteça nada com você. - ele disse me abraçando de lado.

— Por que vocês não confiam em mim? Por acaso pensam que estou fazendo algo de errado? - perguntei me afastando dele.

— Ontem você saiu escondida para a praia e não pediu a minha autorização. - ele respondeu levantando o rosto.

— E posso saber com quem você andou na praia? - ela perguntou curiosa.

— Amiga, você viu o meu livro de Química? - Gabriele perguntou vasculhando o sofá e percebeu que não estou sozinha. — Eu não tive a intenção de atrapalhar a conversa de vocês.

— O seu livro estava jogado no meu quarto! - Angélica apareceu na sala com um livro e entregou para a Gabriele. — Você precisa prestar mais atenção nas suas coisas.

— Obrigada, pingo de gente. - Gabriele agradeceu guardando o livro na mochila e bagunçou o cabelo da Angélica.

—Já está na hora de vocês irem pra escola. - Fernanda avisou colocando a mochila nas costas da Angélica.

— Ainda bem. - falei olhando para os meus pais.

Peguei a mochila, saí de casa e entrei no carro junto com a Gabriele. Os meus pais nos levaram até a escola e acompanharam a gente na entrada. Minha amiga me chamou para ir ao banheiro, trancamos a porta, e fiquei de frente com o espelho.

— Agora o bicho vai pegar! - Gabriele comentou tirando um batom de dentro da mochila.

— Será mesmo que eles vão falar com o Christopher? E se me proibirem de continuar falando com ele? Nunca pensei que ia me meter em um problema tão grande. - falei desesperada.

— Só espero que não resolvam falar pra diretora, com certeza o problema seria bem maior.

— Vire essa boca pra lá, Gaby! Você quer me deixar mais nervosa?