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— É claro! Aquela jumenta é a irmã da salamandra. - ela falou em um tom sério.

— Quero que essas provas comecem logo. - comentei pegando no celular e olhei a hora.

— Eu estou com uma vontade enorme de cair fora daqui. - ela comentou entediada.

— Hoje é o último dia de prova.

— Graças a Deus! Porque eu não aguento mais ficar olhando para aqueles papéis cheios de perguntas e textos.

— Pare de reclamar, Gabriele.

— Eu vou tentar. 





Continuamos conversando no pátio, até que o sinal bateu e tivemos que entrar na sala. Resolvi revisar os conteúdos de História enquanto ninguém chegava, e Gabriele ficou o tempo todo me fazendo perguntas desnecessárias. Minutos depois, professor Christopher entrou na sala e todas as meninas (exceto a Gabriele e eu) ficaram babando por ele. Confesso que fiquei com tanto ciúme que quase quebrei o lápis.

Christopher começou a entregar as provas, explicou alguns detalhes e tirou as dúvidas das minhas colegas assanhadas, ou seja, que não tiravam os olhos dele. Agora sim sinto vontade de meter um murro nelas! Ele entregou as minhas provas por último, e acredito que ele tenha feito isso de propósito só para testar a minha paciência. Ele tocou na minha mão no momento que recebi as provas, e fiquei um pouco envergonhada.

Mal consegui me concentrar na leitura do texto de História, porque o Christopher não tirava os olhos de mim e isso estava me deixando um pouco "incomodada". Voltei a ler o texto, as questões e acabei marcando qualquer resposta. Os meus colegas foram saindo da sala, e acabei percebendo que fui a única que ficou. Depois que terminei de responder, entreguei as provas para ele e abri a porta da sala.






— Você não vai falar comigo? - Christopher perguntou tocando no meu braço.

— Não me toca. - falei me afastando dele.

— Então ainda continua chateada comigo? - ele passou a mão no pescoço.

— Por que você queria fazer aquilo? - perguntei olhando para ele.

— Eu sei que errei e estou muito arrependido. Não quero que você fique assim por minha causa. - ele respondeu tentando se aproximar.

— Eu pensei que você gostasse de mim. - falei tentando segurar as lágrimas.

— Claro que eu gosto de você. - ele disse pegando nas minhas mãos e olhou fixamente para os meus olhos.— Eu não quero te perder.

— Fale logo a verdade. Eu sei que você só está ficando comigo por diversão. - falei com a cabeça baixa.

— Não diga isso, pequena. - ele disse tocando no meu queixo e levantou o meu rosto.

— Você é um homem jovem, bonito e chama a atenção de todas as mulheres, inclusive das suas alunas e não sei se vale a pena continuar com isso.

— Vick, você é a pessoa mais especial da minha vida e não quero te perder.

— Eu também não quero te perder, mas acho melhor a gente acabar por aqui.

— O que posso fazer para demonstrar o meu arrependimento?

— Você não precisa fazer nada. Eu já percebi tudo.

— Victoria, não complique as coisas. - ele falou me abraçando pela a cintura e começou a depositar beijos no meu pescoço.





Por que eu não consigo resistir? Por que ele continua me provocando desse jeito?






мιинα ρяιмєιяα ραιϰα̃ο | Cʜʀɪsᴛᴏᴘʜᴇʀ Vᴇ́ʟᴇᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora