Capítulo 9.

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Enquanto atravessávamos o enorme corredor da minha casa, eu estralava os dedos, nervoso.

Eu estava sem planos.

Ladybug entrelaçou minha mão e sorriu.

Eu tinha explicado para ela o que Gabriel tinha me pedido para fazer.

Relembrando: ele criou um plano onde eu mudava de lado.

Então, nesse plano, eu devia falar para Ladybug que ambos os vilões estariam em seu esconderijo, obviamente seria uma armadilha, onde nós três juntos, derrotaríamos ela.

Se Marinette tivesse entendido a mensagem, se tivesse seguido conforme meu plano, seriam vários heróis contra dois vilões.

Quais seriam as chances de dar errado?  Nenhuma!

Droga! Eu não tinha tempo de ficar lamentando a perda de um magnífico plano. Era hora de agir.

Pois, a cada segundo que passava, a cada passo que dávamos, eu tinha menos tempo de bolar outro plano.

Era óbvio o que eu devia fazer. Mas, minha mente se dividia no que é certo e no que devo fazer.

É certo que eu fique do lado de My Lady, e juntos tentarmos. Mas quais são as chances de isso dar certo?

E o que devo fazer, é fingir ser um vilão. Pelo bem de Marinette e pelo bem dos Miraculous.

Era ridículo pensar que teríamos chances de vencer se eu tentasse concluir meu plano, e lutasse ao lado de My Lady.

Quando entramos  no esconderijo de Hawk Moth, eu tive que seguir o plano.

Segurei os braços de Ladybug, e ela assustada, me encarou.

— Chat, o que você...

A menina desviou seu olhar de mim quando notou a presença de outro alguém. Gabriel começou a falar:

— Ora, ora, ora. Se não é a Ladybug... Ou melhor, Marinette Dupain-Cheng.

Marinette me olhou, surpresa, eu continuava encarando um ponto na parede, sem coragem de a olhar nos olhos:

— Me perdoa... — sussurrei, sentindo meus olhos encherem d'água.

É óbvio que Bugboo não se daria por vencida antes de lutar. Então, todos nós lutamos, e como eu previa: Ladybug acabou parando na mesma prisão que eu tinha ido.

Uma jaula quadrada e média. Ladybug tinha seus braços presos nas costas, e sua raiva era palpável. Os olhos azuis que tanto amo, estavam cheios de lágrimas que escorriam sem previsão de parar.

Hawk Moth ria ao meu lado, e Mayura o apoiava. Eu, só conseguia olhar aquela que eu amava, que agora me encarava com decepção.

— Por que? — ela sussurrou em meio ao choro, calando o lugar onde estávamos. A atenção foi voltada para mim, que engoli em seco e sorri.

— Você não entenderia, não agora. — eu esperava sem o mais direto e breve possível, ninguém podia suspeitar do que eu queria fazer.

— Adrien, pegue o Miraculous dela! — Gabriel ordenou, com um ar de vitorioso. Me aproximei da pequena prisão, tendo a chance de ver Marinette melhor.

— Você não precisa fazer isso. Por favor...

— Eu... Eu não tenho escolha. — sussurrei, chorando junto dela. Coloquei minha mão sobre sua bochecha, secando inutilmente as lágrimas.

— Pensei que tivesse pelo menos um pouco de consideração por mim — ela sussurrou, se afastando. Eu engoli em seco.

Seu olhar me provava só uma coisa: sentia raiva de mim.

Ma Ladybug.Onde histórias criam vida. Descubra agora