Meses depois.
Meses depois tinham se passado. Para ser exato, dois meses, duas semanas, três dias, dez horas, vinte e cinco minutos e um... Dois... Três... Quatro... Segundos.
O frio tomava conta de Paris. Eu gostava dessa época, podíamos usar roupas quentes e bonitas, tomar um chocolate quente e deitar na cama, se cobrindo, enquanto na TV um filme passava.
Bem, pelo menos agora eu podia fazer isso.
Faltavam alguns dias para Marinette voltar da China, e alguns dias para eu partir para Londres.
Eu moraria com minha tia Amelie, já que agora meu pai estava preso.
O vento batia no meu rosto, tornando minhas bochechas mais vermelhas. Eu estava todo engasalhado, encostado na Ponte Dos Cadeados.
Suspirei desolado.
Marinette chegaria no mesmo dia que eu iria ir embora. Provavelmente, quando ela estivesse aqui em Paris, eu já estaria em Londres.
Ou seja, não nos veríamos mais. Até a próxima férias, pelo menos.
Eu nem tive a chance de dizer que a amava. Nem a pedir em namoro.
Mas como faríamos esse namoro dar certo à distância?
Passaríamos quatro anos longe um do outro, apenas nos vendo pelas férias.
Logo ela se esqueceria de mim.
Eu queria poder ficar com ela. Queria me casar, os filhos que teríamos... Nosso Hamster.
Claro, ele se chamaria... Ah, isso não importa.
Passei dias tentando reconquistá-la para no fim, não ficarmos juntos.
Fechei meus olhos, sentindo meus olhos marejarem. O vento bateu mais forte no meu rosto, e então decidi ir embora.
Enquanto andava por aquela cidade que amava, lembrava de todos os momentos vívidos.
As lágrimas desciam com facilidade, e se alguém notava, ignorava.
Eu sentiria saudades daqui.
Quando cheguei em minha casa, vi as poucas caixas espalhadas pelo chão. Eu já começava a me organizar, pretendia deixar tudo pronto antes do dia chegar.
Sem motivos, lembrei dos meus amigos, e como tinha sido difícil falar para eles sobre me mudar.
Foi triste, mas por conta de Nino, eu teria uma festa de despedida.
———•———
Minha festa de despedida seria hoje, três dias antes de eu ir.
Mais a tarde, a festa aconteceria na casa do Nino. Ainda era de manhã, e eu tinha uma bandana sobre meus cabelos, um pano no ombro, vestia um short preto apenas, enquanto faxinava a casa. Queria que tudo estivesse perfeito quando eu fosse embora.
Limpei o suor da minha testa, organizando detalhe por detalhe. Então ouvi alguém bater na porta. Respirei fundo, escapando do serviço, abri a porta, me deparando com meus amigos lá.
— Ah Adrien! — Nino foi o primeiro a reagir. Ele se jogou em mim, abraçando forte. Logo eu vi que ele chorava — três dias cara. Três dias. Eu não vou suportar isso! — os caras entravam na casa rindo, enquanto Nino continuava chorando.
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Ma Ladybug.
FanfictionEm uma continuação do livro "Mon Chat Noir", agora Adrien vai passar por muitas dificuldades para conquistar sua Lady. A vida mostrará para ele que para viver seu tão sonhado romance com a sua garota, terá de enfrentar tudo e todos por ela. será me...