Capítulo 10.

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Eu nunca imaginei que derrotar Hawk Moth, mudaria totalmente minha vida.

Ok, eu pensava que depois disso, Ladybug e eu não poderíamos ser mais super-heróis, seria sem precisão. Eu teria que voltar para minha vida tediosa, sem My Lady por perto - isso eu pensava antes de descobrir quem ela era-.

Mas, tudo na minha vida mudou drasticamente após nossa terrível revelação.

E saber que meu pai era Hawk Moth, não ajudou em nada.

Doía, muito, lembrar de cada momento que passei. Lembrar do meu pai. Do sorriso dele ao me ver no chão.

Era horrível pensar que esse monstro era minha única família.

Duas semanas depois daquele pesadelo tinha se passado. Toda Paris ainda falava sobre Gabriel Agreste ser o temível Hawk Moth.

Eu também enfrentava cometários do tipo: Adrien Agreste, um possível monstro disfarçado?

Essa fama não foi boa para a marca Agreste, que depois de três dias, faliu totalmente.

E junto com ela, minha carreira de modelo. Não que eu me importasse muito.

Ir a escola, no entanto, foi um pouco difícil. Eu recebia olhares de todos os tipos. Medo, tristeza, pena.

Só em duas semanas, minha vida mudou.

Meus amigos continuavam sendo meus amigos.

Mas nesse momento, eu era Adrien Agreste, o filho de Hawk Moth, o qual está preso. Adrien Agreste, o ex-modelinho famoso, que daqui um ano teria uma vida normal.

É, eu esperava que daqui um ano todos já tivessem esquecido e eu já pudesse passear sem ser assunto na boca do povo de Paris.

Eu morava em uma casa simples agora, sozinho. Até porque o sobrenome Agreste perdeu tudo que tinha direito.

Porém, agora eu quero falar das coisas boas.

Meus amigos me apoiaram em todos os segundos dessas semanas horríveis. Eles deram festas, comemorando o fim do mal em Paris, e eu fui em todas elas. Em uma delas, eles comemoraram por me ter na vida deles.

Confesso que chorei.

Marinette tinha preparado essa festa. Ela é incrível, não é?

Falando na My Lady... Nós nem conversamos sobre o que somos agora. Eu tentei, em todos os dias, perguntar para ela qual era nossa situação, mas sempre alguém aparecia tomando a atenção dela.

As férias estavam chegando, e com elas, novidades inesperadas...

Assim que abri a porta para enfrentar mais um dia, dois policiais se encontravam dispostos a bater na porta.

— Com licença, senhor... Agreste! — um deles me cumprimentou, o outro apenas acenou com a cabeça.

— Ahm... Oi! Eu estava... Hum... Posso ajudá-los? — perguntei, cruzando os braços.

— Ah, claro que pode.

O policial -que identifiquei como o pai da Sabrina- respondeu, entrando em minha casa sem ser convidado. O seu rabinho -o segundo policial que não fazia nada além de seguir os passos do outro- rapidamente estava dentro da casa, olhando em volta.

— Hum, pelo visto você está morando bem sozinho.

— É... Bem, eu me viro, foi difícil no início mas nada que seja impossível. Ainda tenho dinheiro na conta, que servirá até eu começar a trabalhar e...

— É Adrien, fico feliz por você — o ruivo careca me respondeu, sorrindo — gostaria de saber das novidades, contudo gostaria de ser breve. Você tem apenas quatorze anos, e na lei diz que um menor de idade não pode morar sozinho.

Ma Ladybug.Onde histórias criam vida. Descubra agora