A última coisa que se passava na cabeça de Alana era se apaixonar pelo namorado da sua melhor amiga. Não foi por provocação, mas nem por falta de aviso.
Carolina era uma garota perfeita em seus dotes naturais, tinha a melhor amiga sempre disposta e...
Alana: -Mas... Normalmente ele some por quanto tempo?
Luísa: -Geralmente até as 4 da tarde. Por isso eu tô tão preocupada... Já passou muito da hora e ele nem deu sinal ainda.
Alexia: -Calma mamãe... Nós vamos achar o Lucas. Lana, cê ajuda a procurar?
Eu aceno com a cabeça para confirmar. Ainda perdemos um tempo procurando em lugares vãos, até eu me tocar.
Alana: -Ai que idiota que eu sou... Espera aí, Lexi.
Eu subo as escadas correndo e vou até o quarto do Lucas. Bato na porta, sem resposta. Então eu entro e pego o atalho até a casa da árvore.
Eu o vejo sentada na cama, com os braços sobre os joelhos e a cabeça entre os braços. Parece tão abatido, tão cabisbaixo...
Eu vou lentamente até ele, sento ao seu lado e pouso levemente a minha mão sobre a sua.
Alana: -Ei! -chamo baixinho.
Ele levanta a cabeça vagarosamente e parece surpreso.
Lucas: -Alana? O que faz aqui?
Alana: -Pedi ajuda da sua irmã pra fazer o trabalho, fiquei pra comer junto com ela e sua mãe... Aí sua mãe disse que estava preocupada com você... Porque você sumiu mais do que o previsto. Como você está?
Lucas: -Você sabe que dia é hoje?
Alana: -Sim.
Lucas: -Então também deve saber como eu estou.
Alana: -Er... Claro... Que... Indelicadeza minha. Desculpe. No que tem pensado?
Lucas: -Que eu sou muito irresponsável.
Alana: -Não... Não é.
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Lucas: -Sou sim. E eu deixei meu pai morrer.
Alana: -Não deixou, Lucas! Você não podia fazer nada! Não foi culpa sua. Foi um acidente... Uma tragédia. Mas não foi culpa sua. Seria se você tivesse visto e ficasse lá, olhando. Mas não. Foi tudo tão rápido que não deu tempo. Tem que se acostumar com essa ideia. Que não foi sua culpa. Era pra ser assim. A gente pode não entender o porquê aconteceu as coisas, mas... Deus entende. Ele sabe. Então só confia... Só espera...
Lucas: -É difícil.
Alana: -Eu sei que é.
Lucas: -Uf...
Alana: -Ei... Quer colo?
Ele dá um leve sorriso.
Lucas: -Quero sim.
Eu estico as pernas e ele deita em meu colo. Então ele começa a contar as histórias de quando seu pai era vivo. Ele riu, chorou, falou de todas as suas aventuras desde que era um garotinho. Contou sobre as conversas com o pai, os conselhos, as brincadeiras. Tudo era tão lindo que dá até pena de vê-lo tão triste.