Lucas
Quando conheci Alana, as impressões foram diferentes. Apesar de ela ser uma pessoa obviamente bonita mesmo que você não fosse detalhista, eu jamais olhei com outros olhos para ela, até mesmo porque eu namorava, e amava minha namorada. Mas então, eu descobri que a Carol me traía de novo. E sabe-se lá quantas vezes ela fez isso.
E eu não podia mais perdoar. Eu descobri uma vez e perdoei, mas já chega. É impossível isso.
A Alana também pediu perdão. Porque ela sabia do que tinha acontecido e escondeu de mim, mas eu a perdoei porque sei que ela só quis proteger a sua velha amiga de infância, que de amiga mesmo já nem tinha tanto assim.
Eu gostava de Alana como uma boa amiga. No começo, as implicâncias normais de recém-amigos. E depois eu parei mais de ser chato com ela. Nos conhecemos muito e eu vi que ela era uma pessoa muito maneira.
Mas sempre foi isso. Amizade.
Até o dia em que a Carol precisou viajar e eu fiquei junto de Alana, Luan, Lexi e David. Quando eu a vi com ele, eu senti um formigamento estranho... Mas eu não queria acreditar que eu pudesse estar tendo qualquer tipo de sentimento por ela. E, na minha cabeça, não havia nada.
Eu martelei comigo mesmo e me convenci que não havia nada de errado, que amigos também sentiam ciúmes e que eu estava só me importando com Alana, porque, sendo ela minha amiga, eu queria vê-la feliz, e não sofrendo por um babaca.
Mas no fim da tarde... Quando a gente se despediu e quase se beijou sem querer... Nossa... Eu senti que havia algo de muito, mas muito errado.
A Lexi tentou me ajudar e me fazer ver que tinha sido só um vacilo do momento, mas eu sabia que não era isso. Eu sabia que eu não ligaria se tivesse pego.
E eu me amaldiçoei por isso. Por achar que Carol estava fazendo tudo certo e, naquele momento, eu estava muito errado. Eu me senti um pedaço de merda, o maior dos otários. O maior dos traidores.
E, de novo, eu tentei me convencer que não era nada disso. Tentei esquecer. E não consegui.
Para piorar, fazia tempos que o meu namoro com a Carol vinha bem ruim. Eu não aguentava mais os ciúmes possessivos dela, a forma como tentava controlar o que eu fazia. Mas eu permaneci até o fim. Por amor àquela que ali estava.
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Impossible
Teen FictionA última coisa que se passava na cabeça de Alana era se apaixonar pelo namorado da sua melhor amiga. Não foi por provocação, mas nem por falta de aviso. Carolina era uma garota perfeita em seus dotes naturais, tinha a melhor amiga sempre disposta e...