Alana
Hoje é dia 12 de outubro. Mais especificamente, o dia em que eu nasci. Bleh, esse vai ser o aniversário mais idiota de todos, porque eu não tenho motivo nenhum para comemorar.
É o terceiro dia desde que o Lucas se mudou, e nós simplesmente não nos falamos. Sequer o básico dentro de casa. Não falamos absolutamente nada. Estou dividida entre o inferno que é ver aquelas pessoas da escola e aguentar essa monotonia com ele.
Como hoje é feriado, eu decidi levantar um pouco mais tarde. Cabeça pesada demais, eu precisava de um descanso.
Às 9, tomei um banho e vesti uma roupa qualquer para poder sair do quarto e preparar o café.
Mas, para minha surpresa, ele já estava pronto.
Lucas: -Bom dia, minha rockeirinha preferida.
Alana: -O que é isso?
Lucas: -Café da manhã, ora essa! Não tá vendo?
Alana: -Não seja estúpido, seu imbecil. Eu tô perguntando porque você tá fazendo isso.
Lucas: -Eu sei que hoje você tá completando mais uma primavera.
Alana: -Mas eu nunca te disse minha data de aniversário.
Lucas: -Mas falou pra Lexi. -ele ri. -Ela me disse uma vez e eu nunca esqueci.
Alana: -Entendi. Mas não somos amigos ou coisa assim, por que você fez isso?
Lucas: -Porque eu me importo contigo, apesar de você me ignorar por tantos dias sem sequer me dar uma explicação.
Alana: -Explicação? Lucas, que importância é essa que você me dá? Você não me procurou desde aquele dia na casa da Carol! Tem noção disso?
Lucas: -Claro que não procurei, Alana! Você passava por mim na escola com a maior cara de ódio! Por que você também não procurou?
Alana: -Não te procurei? No dia seguinte eu fui na sua casa, Lucas! E adivinha só? Vi você na maior pegação com a Carol!
Lucas: -Pegação? Alana, ela tava me abraçando! Ela se jogou nos meus braços, tava chorando num ponto que deu até dó! O que queria que eu fizesse? Que mandasse ela embora?
Alana: -Sim!
Lucas: -Isso é o quê? Ciúmes? -ele ri com aquela cara de cafajeste.
Alana: -Ciúmes? Não... Mágoa. Dor. Desconforto. Arrependimento.
Lucas: -Arrependimento? Pelo quê?
Alana: -Por ter ouvido meu coração. Por ter me deixado levar por você. Por ter me permitido sentir o que senti por você, Lucas. Naquele momento, eu amaldiçoei a mim por ter deixado tudo chegar àquele ponto. Eu me odiei por isso.
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Impossible
Novela JuvenilA última coisa que se passava na cabeça de Alana era se apaixonar pelo namorado da sua melhor amiga. Não foi por provocação, mas nem por falta de aviso. Carolina era uma garota perfeita em seus dotes naturais, tinha a melhor amiga sempre disposta e...