A última coisa que se passava na cabeça de Alana era se apaixonar pelo namorado da sua melhor amiga. Não foi por provocação, mas nem por falta de aviso.
Carolina era uma garota perfeita em seus dotes naturais, tinha a melhor amiga sempre disposta e...
Eu lembro de quando conheci a Carol. Eu me apaixonei pela tímida, doce e frágil garota do interior que nada sabia da vida e do amor. Eu me apaixonei por ver nela uma criatura tão meiga e tão linda. Jamais havia visto algo parecido.
Ela falava de Alana. Dizia que tinha uma amiga que todos achavam perfeita, que era bonita, inteligente, discreta, tinha uma personalidade e gostos incríveis. Eu dizia para ela que ela devia estar exagerando só por ser amiga dela (e quando a conheci, vi que era tudo verdade).
Falava muito mesmo. E se culpava por "não ser tão boa quanto ela". Eu, em meu papel de namorado apaixonado, tentava convence-la do contrário. Não queria ver minha namorada sofrer por se comparar tanto com a melhor amiga dela, nem com ninguém. Não queria ver alguém que eu amava se sentindo mal por não ser quem queriam que ela fosse.
Então eu fiquei ao seu lado. Eu fui seu apoio, de todas as formas que eu pude. Mas aí eu percebi que ela começou a mudar. Principalmente depois de andar com certas pessoas e frequentar certas reuniões e sociais.
Ela começou a beber e usar todo tipo de substância ilícita. E eu sempre tentando controlar a bebida e fazer ela parar de usar aquelas porcarias. Ainda serviu um pouco.
Então ela começou a fazer coisas comigo e eu estranhei. Não por ela querer fazer, mas sim por ela ter tanta experiência em coisas que dizia nunca ter feito antes e que não conseguiria fazer porque tinha medo. Passou tempo nisso.
Até que chegou um dia em que eu a segui e descobri que ela me traía com um cara que dizia ser "amigo".
Foi a minha primeira grande decepção. Eu fiquei com tanta raiva, e ao mesmo tempo tão triste. Nem sabia o que fazer. Fiquei sem chão. Ela me pediu mil perdões. Disse que só fez aquilo porque queria ser melhor para mim. Eu nunca liguei se ela seria ruim ou não no que fazia, porque são coisas que melhoram com o tempo e fazendo com uma pessoa especial.
Eu tive minha primeira vez com a Carol, porque era minha namorada, eu a amava e tinha certeza do que queria. E eu não era experiente, mas sabia que ia melhorar. Ela não esperou por isso, ela não quis isso.
Mas apesar de ter um motivo completamente fútil e sem noção, eu a perdoei e continuamos juntos.
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