Impossible

101. Não Podia Ser Você

Lucas

Lucas: -Olá, docinho.

Ela me encarou séria por alguns longos segundos. Parecia não saber como reagir. Ela ficou muda me olhando de olhos arregalados e boca aberta. Então eu vi, de relance, seus olhos marejados.

Alana: -O que faz aqui? Alexia disse que ia vir alguém que fosse morar... Não pode ser você...

Lucas: -Sou eu.

Alana: -Que ódio! Que ódio! Alexia não podia ter feito isso comigo! Meu Deus!

Lucas: -Ei, calma! Respira... Olha, eu tava querendo sair da casa da minha mãe, tenho brigado muito com o meu padrasto, e você precisa de alguém pra dividir o ap. Eu sou esse alguém. Eu posso ajudar você.

Alana: -Eu vou matar a Alexia. Eu vou ESGANAR A ALEXIA!

Lucas: -Calma, neném. Calma. A gente pode fazer isso. Pelo que entendi, daqui a duas semanas, você vai ter que pagar o aluguel de novo, e não tem dinheiro suficiente pra isso. E então? Aceita?

Alana: -Eu não tenho escolha. Mas... Tenho condições.

Lucas: -Diga, meu bem.

Alana: -Em primeiro lugar, pare de tomar liberdade comigo. Não somos namorados, não somos amigos. Apenas dividimos as despesas e um teto. Ok?

Lucas: -Ok.

Alana: -Em segundo, todas as contas serão divididas por igual. Nada de querer dar uma de idiota e quer pagar tudo, ok?

Lucas: -Ok.

Alana: -Por último e não menos importante: nada de trazer suas putas pra cá. Esse vai ser um apartamento de respeito, e se você quiser sair com alguém, saia, mas longe daqui. Ok?

Eu dou uma risadinha sem querer.

Lucas: -Eu não tenho putas, Alana. E não quero alguém que não seja você. -ela revira os olhos. -Mas ok, ok pra isso também.

Alana: -Ok.

Ela faz menção de passar, mas eu seguro em seu braço.

Lucas: -Alana... Até quando vai me ignorar?

Alana: -Eu não tô te ignorando, mas deveria. Você é um falso, mentiroso. Eu tenho nojo de você, Lucas.

Lucas: -Do que tá falando?

Alana: -Quando vai trazer suas coisas? Seu quarto é o segundo. Ainda bem que temos duas camas. Eu jamais suportaria ter que deitar na mesma cama que você outra vez.

Ela se solta e vai embora.

Confesso que fiquei meio perdido com a forma que ela falou comigo. Não consegui entender. Não nos falamos mais desde aquele dia em que a Carol nos ver. Eu não a procurei, esperei seu tempo. Mas ela pareceu não querer mais nenhum tipo de contato comigo.