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— Eles querem o quê?!

— Eles querem ter o direito de serem avós. (S/N) vai surtar se souber e ela não precisa disso agora. Cabe a nós dois resolver isso.

— Puta que pariu, Daeun. - passo a mão pelo cabelo, completamente frustrado.

— Calma, não tem pra que ficar assim. Eles não sabem aonde é a fazenda.

— Como falou com eles?

— Eles tem detetive particular, Taehyung. São podres de ricos. E também porque eles foram no apartamento quando a Haeyon era menor, acabei conhecendo os dois.

— (S/N) falou que eles queriam ter a guarda da Haeyon.

— Sim, eles estão mexendo os pauzinhos pra isso.

— Ao que tudo indica, eles querem o Tae-o também.

— É possível.

— Tem como eles conseguirem? Sei lá, é o nosso bebê, mas...

— Tem dez por cento de chance de conseguirem sim. - Namjoon comenta entrando na sala.

— Ótimo. - fechei os olhos e respirei fundo. - Isso tudo porque eu fui preso?

— Também. Taehyung, eles vão vir com tudo. Vão revirar tudo para terem essas crianças.

— Eu sei, eu conheço a peça. Nunca vi um casal tão intrometido quanto eles. Impressionante.

— O advogado falou que vai nos ajudar nessa. - Daeun tenta amenizar a situação.

— Espero que ele seja excelente.

— Ele é, ele te tirou em cinco anos e conseguiu saída provisória de um ano. Ele é foda.

— Não quero ter a incerteza. - assentiu.

— Eu sei. - ouvi a porta abrir.

(S/N) tinha acabado de deixar a pequena na casa da amiguinha. O sorriso em seu rosto me diz que as coisas foram bem e ao mesmo tempo me impedia de comentar sobre seus pais.

— Que clima pesado. - me abraçou e beijou minha bochecha. - Agora que a criança se foi, podemos fazer uns drinks e ser irresponsáveis por uma noite? - deu a ideia e tentei sorrir.

— Claro, por que não chama os meninos?

— Uhum. E melhora essa cara, vai criar rugas. - piscou e subiu as escadas.

— Aish...

— Se ela ficar sabendo, eu te mato. - Daeun avisa.

— E eu te dou a arma.

Tentei extravasar esse sentimento ruim e fui para a cozinha fazer uma caipirinha para relaxar. (S/N) me abraça por trás e encosta a cabeça em minhas costas.

— O que aconteceu enquanto eu estive fora?

— Nada, só os preparos pro casamento.

— Tem certeza?

— Uhum.

— Tá bem então. Cuidado pra não se cortar. - largo a faca e me virei.

— Dá um beijo no seu noivo. - fiz bico e sorriu, atendendo meu desejo.

— Seu estranho. - sorrio.

— Me ajuda com as bebidas?

— Claro, amor. - pega a faca e a observei.

Eu vou cuidar dessa merda toda, amor.

*

— (S/N), sua vez. - Jungkook fala embolado.

𝙻𝚘𝚜𝚝 𝙲𝚊𝚞𝚜𝚎Onde histórias criam vida. Descubra agora