𝟷𝟸

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— Eu nunca mais vou beber. - resmunguei durante o café da manhã, colocando a mão na testa.

— Ontem você até me chamou de Oppa. - comentou e arregalei os olhos.

— Sério? Meu Deus...- rio nervosa. - O que mais eu fiz?

— Não lembra? - neguei. - Tentou tirar a roupa no meio da festa.

— O que? - corei violentamente.

— Estou brincando. Você até que é uma bêbada decente. Já cuidei do Jungkook bêbado, não queira um dia ter que fazer isso.

— Ah...- sorrio.

— Aliás, falando nele, na festa ele estava tão perto do Jimin que pensei que tinha alguma coisa ali.

— Hm e se tivesse? - dei de ombros.

— Você sabe de alguma coisa. - sorriu safado e veio até mim.

— Não sei não. Só perguntei.

— Bem, se eles quiserem, quem sou eu pra dizer que é errado?

That's my man.

— Perfeito.

— Mas não seria fácil, a mãe do Jimin é um pouco antiquada. - foi até a cozinha.

— Por isso não são amigos publicamente?

— É...ela me acha um marginal. - parou pensativo e me olhou. - O que eu sou, só não quero admitir. - fez um bico.

— Você não é um marginal. - o abracei por trás. - É o melhor namorado do mundo, um cara honrado e que cuida de quem ama.

Ouvi ele rir soprado e se virou pra mim, segurando meus ombros.

— Eu precisava disso. - beija minha testa e ficamos juntinhos, encostados na bancada.

Taehyung recebe uma ligação, mas continua agarrado em mim. Seu tom fica sério, quase irreconhecível. A tensão de seu corpo passa para o meu.

— O que foi? - murmurei.

— Não sai da casa, tá bem? Eu preciso resolver um probleminha. - pega algo na gaveta e põe no bolso de trás da calça.

— Tae...- a preocupação evidente em minha voz.

— Não fica assim. Você sabe que eu sempre resolvo, não é? - assenti e me beijou calmamente. - Vou voltar pra você, amor. - se despede com um selinho demorado e correu até a porta.

Eu não sabia do que se tratava, mas aprecia sério demais para me deixar tranquilizar. Assim que ele saiu pela porta, eu subi as escadas em busca de abrigo. Eu não me sentia segura sozinha. Por mais que eu já estivesse no morro há algum tempo, eu me sentia uma intrusa muitas das vezes.

Cometi o erro de ir para a cama como uma garotinha indefesa e me cobrir por inteiro achando que isso me salvaria de alguma coisa. Eu me sentia vulnerável, fraca e indefesa. Além de ser alguém importante para o dono do morro. Eu estava tremendo de medo.

Vejo a sombra de alguém entrar pela janela e tateei a arma que ficava embaixo do travesseiro do Taehyung. Resolvi arranjar alguma coragem e me descobri, mirando no homem a minha frente.

 Resolvi arranjar alguma coragem e me descobri, mirando no homem a minha frente

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𝙻𝚘𝚜𝚝 𝙲𝚊𝚞𝚜𝚎Onde histórias criam vida. Descubra agora