A árvore da vida

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Notas do autor: Olá pessoas! Fico feliz por finalmente termos chegados até aqui. Foi um tempo de espera grande, mais para mim do que para você. Mas aqui estamos, com o penúltimo capítulo da história de Rachel e Carlos! Espero que gostem. Nos encontramos no final desse capítulo!



Todo escritor é peculiar. Nosso trabalho é descrever o mundo de modo que possa ser agravdel aos nossos leitores, usamos nossa imaginação para tornar coisas simples em complexas, e dessa forma a realidade pode ser qualquer coisa que desejarmos. Como resultado, em nossas vidas temos o hábito de usar palavra complexas que nem sempre são compreendidas, como por exemplo:

"A majestosa luz do astro rei cortava a densa noite, e mostrava um novo recomeço para minha exaustão, de modo cíclico"

Que nada mais significa que: Caramba, o sol nasceu e eu virei a noite de novo!

Contudo, no momento que descobri quem Vatos era, eu perdi meus poderes de prolixidade. Eu levei dez segundos para processar, e nesse tempo, minha mente viajou por toda nossa trajetória, e foi uma experiência incrível, como se um quebra-cabeças gigante tivesse sido completado com uma peça final que passou muitos anos perdida, e com muito tempo eu queria dizer muito tempo mesmo.

A árvore gigantesca que parecia ser a única composição do cenário perdeu mais algumas folhas. Eu respirei fundo, mesmo que isso não fizesse sentido nenhum; e com a forma mais natural que consegui invocar, eu perguntei do modo mais comum possível:

- Você é a morte?

E do modo mais habitual possível, e até com um certo tom de alegria, Vatos respondeu:

- Sou.

Eu novamente refleti por alguns segundos, respirei fundo mais uma vez e disse:

- É, acho que isso faz sentido.

Vatos sorriu, e seu sorriso era extremamente gentil, e incrivelmente acolhedor. Eu deveria estar assustada, e eu de fato estava, mas ainda assim, aquele sorriso... Era complicado não ficar contagiada.

- Você é mesmo incrível, Rachel!

Eu não respondi. Minha mente ainda vagava, eu observava mais uma folha caindo. Fitei o rosto de Vatos e no puro instinto eu disse:

- Você é bonito.

Ele pareceu surpreso, até um pouco envergonhado, apenas sorriu e disse um "obrigado" meio sem jeito.

Eu estava desconfigurada. Apenas continuei falando o que eu pensava sem ter muito controle:

- E agora? Eu tenho muitas dúvidas, mas uma coisa eu tenho certeza, eu estou morta. Então, meio que não tem como você me matar de novo... Não tem né?

A garota que queria contar histórias Onde histórias criam vida. Descubra agora