Madrugada Prosaica

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Notas do autor: Esse é um dos muitos textos que estão no livro de Rachel Grace "Canções da donzela de ferro".
É provavelmente o meu livro favorito, porque é uma história simples que emula a realidade de uma perspectiva singular.
Eu não sei quando sai o próximo capítulo (se de fato sair) mas eu espero que vocês gostem, é um texto muito marcante para mim, um extrazinho para que vocês não se esqueçam de mim, de Carlos ou Rachel. Menor que três.

A madrugada fria é o cenário pintado em um cavalete por tua história. Quando a luz azul da possibilidade se apagar e a instável escuridão do teu refúgio surgir, o silêncio do mundo será eivado pela tormenta.

A dualidade da solidão é a forma final do enigma. Estar só parece ser o gatilho para pensar, e estar com pessoas parece o gatilho para a vontade de estar só.

Pois a pureza que existe na dor primordial da solidão é única, a sensatez de teus dedos corrompem páginas de inverdades e transformam a realidade no que quer.

Onde os tempos de ouro podem ressurgir, as ingenuidades da experiência se tornam mais uma parte de si, quando as loucuras do presente são fragementadas e tem sua origem exposta em caminhos ensolarados do passado; onde o cerco das mentiras se tornam um, pois é mais fácil desistir do que está quebrado, assim como é mais simples abdicar quando se conquista.

Quando a luz azul do pensamento se apaga até mesmo minhas escrituras entram na dúvida, mas ainda se perpetuam pois não há ninguém para criar em conjunto, pois em essência, toda controversa a respeito das tuas paixões serve para deixar uma marca, e toda marca, independente de quão superficial seja, expressa um minuto de atenção, que para as madrugadas frias da criação, se torna tão precioso quanto a eternidade.

A garota que queria contar histórias Onde histórias criam vida. Descubra agora