Estava abafado e não conseguia respirar, seu corpo balançava conforme o local que estava se movimentava. Sua garganta ardia terrivelmente, seu corpo bateu fazendo com que soltasse uma grande lufada de ar.
o lugar onde estava parou bruscamente e com rapidez ouviu um barulho de porta bater, Sakura entrou em pânico e se debateu assim que ouviu a porta abrir. Estava tudo escuro e sua falta de ar só aumentava, seu corpo foi erguido com facilidade e sob o ombro de alguém sentiu ser carregada.
Queria desesperadamente gritar mas sua garganta não deixava, seu corpo foi jogado em algo duro e arrancaram de seu rosto o que lhe deixava em tremenda escuridão.
Seus olhos tentavam se acostumar com a claridade enquanto ouvia passos rapidos e precisos ao seu redor, seus pulsos foram puxados com rispidez e presos atrás de suas costas. Sakura gritou de dor e seus olhos aos poucos conseguiu ver o lugar onde estava, um grande galpão se estendia cheio de maquinas de construção. Presa e ainda desnorteada olhou para todos os lados até encontrar o corpo de um alto homem ruivo, Sakura respirava com dificuldade enquanto ele estava encostado na roda de um dos caminhões enquanto passava uma pequena adaga entre seus dedos.— Por favor... — Tentou rouca, precisava desesperadamente sair dali.
— Silêncio. — Disse sem olhar em sua direção. — O maldito de seu amigo conseguiu esconder você muito bem. — Sorriu olhando para o brilho prateado dela. — Mas não tão bem assim, agora me diga... onde estão os documentos da minha sentença?
— Eu não sei, eles ficam no escritório. — Disse rápido e sem pensar. — Me solte por favor, não tenho culpa de nada disso.
Ele riu e se desencostou de onde estava, — Se estivesse lá, acha mesmo que ainda estaria aqui e viva? Não me faça perder tempo, Minato me deu apenas a porra de um monte de papéis em branco. Eu sei que estão com você, afinal, não estaria fugindo de mim dessa forma se não estivesse. — Respirou fundo se pondo em sua frente. — Afinal, ter um dos meus homens protegendo você só me mostra o quanto tem a esconder de mim.
Com a ponta da adaga em sua garganta engoliu em seco, o medo fazia seus ossos tremerem. Não tinha nada sobre o caso dele junto com ela e isso não seria nada bom nessa circunstância.
— Eu apenas obedeci meu chefe, ele só me mandou fugir... Por favor, me deixe ir.
Gaara levantou seu rosto com aquela arma, sentia seus poros suarem desesperadamente em puro medo. Não se lembrava de ter sido levada, Shikamaru havia batido a porta depois de sair e não se lembrava de tê-la trancado.
Engoliu o choro quando ele a passou sob suas bochechas o filete de dor aumentou e sentiu o molhado e quente do seu provável sangue.— Isso não me basta, eu sei que está com você. — Disse segurando forte seu rosto. — Já estou cansado de correr atrás de vocês nessa fuga idiota. — Bufou soltando seu rosto com rispidez.
Sakura não conseguia segurar o choro, estava tremendo e o medo tomava conta de seu corpo, respirava com dificuldade.
— Por favor... — Suplicou com os olhos fechados, queria apenas sua casa.
— Sabe, se fosse em outras circunstâncias... — Disse dando a volta na cadeira que estava presa. — Teria o melhor dessa noite, mas minha paciência chegou ao fim quando fugiu com o que me pertence. — Ela a segurou pelo pescoço.
Sem respirar, Sakura tentava se mexer inutilmente. Com os braços imobilizados se debatia sem sucesso, ele então lhe fez outro corte em cima de seu peito. O ardor tomou aquele canto e sem poder gritar apenas revirou os olhos, mais um filete e o sangue brotou de seu braço esquerdo.
— Quer ver até onde posso ir com essa brincadeira? — Disse soltando seu pescoço.
— Acha mesmo que se eu tivesse esse maldito documento não o teria entregado? Você é apenas mais um lixo que apareceu no mundo, quem é você para decidir quem vive ou morre? — Cuspiu as palavras sentindo dor onde foi cortada. — Você me enoja.
Ele riu, um som malvado e completamente diabólico. — O que você leu sobre mim não chega aos pés do que ainda não descobriram, não me faça perder a paciência. — Disse apertando seu rosto novamente e logo depois passou o dedo sobre seu corto no rosto. — ainda posso me divertir muito antes de acabar com você.
Sakura choramingou de dor imaginando todos os lugares que o maldito guarda-poste estava, talvez morreria ali e tudo o que podia fazer era avançar o tempo para que a matasse logo.
Com o som alto de tiros, o ruivo se abaixou e correu para trás de um dos caminhões. Com o barulho das balas batendo no metal dos veículos, gritou e jogou sua cadeira no chão tentando se manter a salvo e não virar um grande alvo. Sakura caiu por cima de seu braço, o corte aumentou de tamanho fazendo sangrar ainda mais, o choro de dor saiu alto de sua garganta e os tiros diminuíram em seguida.
— Sakura! — Ouviu vindo por trás das portas do galpão.
Shikamaru gritava do outro lado, ainda sobre seu braço tentou se mover na esperança de soltar as cordas que prendiam seus pulsos. Sem sucesso choramingou pela dor que ainda sentia e em ver seu sangue criar uma pequena poça.
— Não se mexa! — Ouviu de longe, — Já não foi lhe dado o que queria, Gaara? Que diabos pensa que está fazendo?
O ruivo riu alto. — Se acha que sou trouxa o suficiente para aceitar papéis vazios em troca da liberdade dessa mulher estão bem enganados.
— Cortarei essa vadia em mil pedaços até encontrar a porra desse pendrive, Shikamaru. — Riu enquanto devolvia todos os tiros que recebeu.
O chão tremeu e Gaara gritou rouco, Shikamaru correu em sua direção e escorregou no chão, cortou as cordas que seguravam firmes seus pulsos.
A ajudou a levantar e puxou rápido para entre as máquinas, seus cortes ardiam e seu braço queimava.
Correram em direção de onde ele havia vindo, segurando seu braço aberto tentava não choramingar de dor. Um galpão no meio do nada, árvores davam a voltas naquele lugar e ainda sendo puxada foi colocada dentro de um carro, ele deu a volta e logo arrancou.— Como você está?
Não conseguia responder, sentindo seu peito apertar, apertou forte seu braço. Sua cabeça girou e caiu sobre o banco.
— Droga, Sakura!

VOCÊ ESTÁ LENDO
Na Sua Mira - ShikaSaku
ActionEle era puro mistério e vivia na escuridão e ela estava completamente perdida em suas sombras, só não sabiam se sairiam vivos.