A noite se fazia presente e não pararam desde que saíram fugidos do apartamento, Sakura se perguntava constantemente qual era a grande merda que Minato havia feito já que precisavam tanto mata uma simples secretária.
Precisava descobrir o que estava acontecendo e depois tentar resolver essa bagunça, olhava para a frente sem ter muito o que ver. Viajaram para a próxima cidade ao sul e não sabia mais se iria conseguir voltar algum dia.— Não se culpe, ele só se aproveitou de você. — Disse resmungando de dor.
Sakura respirou fundo. — Precisamos parar antes que você morra de hemorragia ou infecção.
Sakura cruzou os braços, estava inconformada que deveria fugir. Todo esse problema era culpa dele e ela nem sabia o real motivo para que precisasse sumir.
Ele colocou o braço bom em sua coxa a tirando dos próprios devaneios, com o rosto corado pelo toque encarou seus olhos escuros.
— Eu já disse que não falho.
Sakura apenas acenou concordando não tinha muito o que dizer, ele havia salvo sua vida diversas vezes em todo esse tempo em que estão fugindo.
Ele apertou um pouco mais a mão e voltou para o câmbio, além de tudo, se sentia incomodada em como ele conseguia fazer ela tremer dessa forma.
Virou o rosto para a janela do passageiro, o escuro da estrada estava acabando enquanto subiam a avenida para dentro da cidade. As luzes dos prédios e a movimentação no meio da noite estava alta, seu corpo nunca tinha sentido medo de multidões mas agora, tremia com a possibilidade de já ter alguém esperando por eles ali.Shikamaru dirigia se afastando da multidão agradecendo mentalmente, relaxou no banco do carona. Entrou em uma garagem de um pequeno hotel e sem esperar muito estacionou na primeira vaga que viu, sem bolsa e sem nada além de seu documento e algumas notas que faziam um pequeno volume em seu bolso, entraram.
Deixou que ele fizesse o pedido do quarto e andou pelo pequeno saguão, um pequeno local com uma fonte no meio e diversos quartos que pegavam o primeiro e o segundo andar. Próximo a recepção, uma sala cheia de computadores e um pequeno estalo acendeu a lâmpada de sua cabeça.
Faria o que faz de melhor, pesquisaria sobre a vida daquele que a quer morta e descobriria o motivo real de estar sendo caçada como uma terrorista.
Não sabia se daria certo, mas seria melhor do que não tentar e continuar fugindo pelo resto da vida. Não sabia quanto tempo sua proteção duraria e aproveitaria ela para descobrir o que precisava.— Vamos. — Ele chamou a tirando de suas ideias loucas.
Sakura o seguiu e subiram para o último andar, no fim do corredor a última porta. Estava dolorida e podia ver a dor que Shikamaru estava suportando enquanto seu braço ainda pingava sangue.
Ele abriu a porta e a trancou atrás de si, antes que Sakura pudesse pensar ele se sentou em uma das cadeiras na mesinha de parede e se acomodou ali, puxou seu cigarro e acendeu rápido.
Sakura revirou os olhos para aquele vício e pegou as toalhas que estavam em cima da cama, abrindo a água do chuveiro que caia dentro de uma banheira, aqueceu a toalha e rasgou em tiras a seca.Com o braço estirado, ele fumava deixando seu sangue pingar em uma já pequena poça no chão. Inconformada foi até ele e puxou a barra de sua camisa rasgada recebendo um olhar confuso do homem.
— Deveria morrer por hemorragia. — Repetiu para sua cara confusa.
— E você com um belo tiro no meio dessa testa.
Sakura bufou e desamarrou o braço ferido, sem sinal de bala e com o buraco tendo um fim do outro lado. Limpou os ferimentos de saída e entrada, juntou duas tiras da toalha e amarrou forte em cima do ferimento o fazendo resmungar algum palavrão pela dor.
— Tenha mais cuidado, não está vendo o tamanho do ferimento? — Resmungou com a cara fechada.
— Fraco. — Zombou do homem que soltava a fumaça entre os lábios espremidos.
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Na Sua Mira - ShikaSaku
AcciónEle era puro mistério e vivia na escuridão e ela estava completamente perdida em suas sombras, só não sabiam se sairiam vivos.