Leon Anderson precisa de uma babá. Após a morte da sua mãe, a sua filha precisa de alguém para cuidar dela enquanto ele viaja a trabalho. Em seguida, entra Abril Rivera, uma doce mulher do sul que também acabou de perder a sua mãe. Logo de cara eles...
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terça-feira
Não foi fácil seguir Leon no trânsito. Eu realmente não estava acostumada a dirigir pela cidade, mas sentia-me totalmente determinada que não seria esse o motivo pelo qual as coisas não deram certo. Ofereceram-me este trabalho numa entrevista turbulenta e por mais que não fosse esperado, eu não queria desistir agora que estava ao meu alcance. Claro, eu esperava voltar para casa esta noite, mas estava tudo bem. Agora que eu estava em Nova York, eu não queria ir a lugar nenhum de qualquer jeito, então estava tudo bem.
– Puta merda – murmurei para mim mesma enquanto sentia uma bolha de frustração crescendo no meu estômago – Não o perca agora – se fosse ele indo devagar, eu odiaria ver a sua condução normal – Fique tranquila, ficará tudo bem.
Finalmente depois do que pareceu uma eternidade, ele parou num estacionamento e indicou para eu ocupar a vaga ao lado dele. Soltei um suspiro de alívio quando pude parar de dirigir... até que olhei para o prédio que estava à minha frente. Eu vi algumas torres de apartamentos durante o meu tempo em Nova York, mas nenhuma delas era assim. Isso era coisa séria para pessoas ricas. Casas em que moravam milionários.
Engoli em seco as minhas emoções enquanto tentava imaginar-me num lugar como aquele, mas simplesmente não conseguia ver. Eu era uma caipira, não o tipo de mulher que poderia estar num apartamento grande e luxuoso com vista para o Central Park.
– Ok, você gostaria de seguir-me? – Leon perguntou, parecendo alheio ao quão desconfortável e fora do lugar eu sentia-me. As minhas entranhas encolheram-se com o quão estranho tudo isso era – Vou levá-la até a minha casa.
Andei logo atrás dele quando entramos no prédio. Eu estava muito ciente de que Leon falava comigo, mas meus ouvidos zumbiam dolorosamente de nervosismo. Eu mal conseguia manter-me de pé quanto mais outra coisa. Isso só piorou quando entramos. Este prédio gritava dinheiro; tinha piso de mármore, decoração dourada e uma verdadeira mini fonte de água no meio da área de receção... justamente por isso. Foi louco. Eu só podia presumir que as artes nas paredes eram autênticas e não reimpressões, considerando como era o resto do lugar.
– Este é o Vincenzo – Leon anunciou, apresentando-me a um homem alto e magro com olhos amigáveis – Ele é o porteiro e também a pessoa certa se você tiver algum problema. Onde estão as suas coisas?
– Oi, Vincenzo – eu tinha estrelas nos meus olhos. Tudo isso foi avassalador – O meu nome é Abril.
– E as suas coisas? – Leon perguntou-me – Vincenzo irá buscá-las e levá-las para você.
Eu podia sentir o suor correndo na minha testa. Eu trouxe muito considerando que não pensei que ficaria em Nova York por muito tempo, mas não o suficiente. Eu teria que ir às compras o mais rápido possível.
– Tenho algumas coisas no carro – disse a Vincenzo enquanto lhe entregava a chave – Mas não é muito.
– Isso não é problema nenhum – Vincenzo respondeu com uma voz muito formal – Prazer em conhecê-la, Abril.