As Faces do amor [Livro 1]

Capítulo 28

[...]

- Já tinha saudades do meu querido quarto... - Lilian comentou entusiasmada, enquanto se dirigiam novamente para o apartamento.

- E eu do meu! - Zeke assentiu em concordância, sorrindo-lhe - Mas sabes que mais? O meu quarto vai precisar de uma companhia...

- Ai sim? - Lilian franziu as sobrancelhas, apesar de compreender perfeitamente o que ele queria dizer.

- Ficas comigo hoje? - Ele perguntou, pousando-lhe a mão na coxa suavemente, ação essa que a fez arrepiar-se por completo.

- Nem era preciso perguntares...

- Uma casa só para nós...! Sabes o que quer isso dizer?

- Hã... Que temos mais espaço? - Perguntou ela inocentemente.

- Não... Que podemos fazer o que nós quisermos. É o último dia de privacidade que temos, amanhã os nossos irmãos já cá estão novamente.

- Bem... O que tens em mente?

Tinham chegado ao seu destino.

Zeke olhava-a, sorrindo maliciosamente. Não foram nem necessárias palavras.

- Nós... Tens a certeza? - Lilian demonstrava alguma hesitação.

- Definitivamente.

- Eu... eu não sei. Tenho medo.

- Medo? De quê Lilian?

- É difícil de explicar... - Suspirou, de cabeça baixa - Mas eu posso não estar preparada, apenas isso. Não te quero desiludir.

- Lilian... - Zeke fê-la erguer o queixo, de maneira a que os seus olhos encontrassem os dela - Tu não me vais desiludir, eu garanto-te.

- Mas eu n- - Lilian sussurava, mas foi interrompida com um pequeno beijo depositado nos seus lábios.

- Não penses mais no assunto. - Ele pediu, antes de sair para o exterior do carro, acompanhado por Lilian. Subiram até ao respetivo andar de ambos.

- Queres ir a tua casa? - Zeke perguntou-lhe, enquanto retiravam as malas do elevador.

- Claro, não vou andar com a grande mala atrás de mim! - Lilian procurava pelas suas chaves de casa. Ele ajudou-a com a mala.

- Vens? - Interrogou-a.

- Eu vou lá ter daqui a pouco, pode ser?

- Sim, mas não te atrases. - Zeke deixou-a sozinha no seu apartamento.

(...)

Seriam por volta das quatro da tarde.

Acabados de chegar ao avião, Austin e Summer conseguiam escutar a última chamada pronunciada para o voo de destino a Seattle.

- Vou ter saudades... - Summer admitiu, enquanto se acomodavam nos respetivos lugares.

- Haverão sempre mais viagens destas, no que depender de mim... - Austin falou, suspirando de alívio.

- Venham elas!

- Não te entusiasmes tanto, depois do susto que apanhamos no Hospital, não nos podemos aventurar muito.

- Eu sobrevivo. - Summer reconfortou-o - Além disso, não é nada de muito grave.

- Bem, mesmo assim... Todo o cuidado é pouco.

Estavam prestes a dar início ao voo. Preparavam-se agora para uma viagem longa até casa. Depois disso ainda teriam uma semana de férias, até retornarem ao quotidiano de aulas.