Missão de Amar

♡Capítulo 17 - Injustiçados

Observo cada parte do trabalho destruída e meu sangue ferve, mas ao mesmo tempo a vontade é chorar.

ㅡ E agora Bia? Era pra ele estar assim? ㅡ Pergunta.

ㅡ Claro que não Danilo. Alguém veio aqui e destruiu o nosso trabalho. Todos os outros estão normais, só o nosso tá nesse estado. ㅡ Afirmo e ele respira fundo.

ㅡ Vamos ter que ir denunciar isso no diretoria então. Alguém veio aqui e destruiu nosso trabalho só por maldade. Até o papel com o nome e turma foi rasgado. ㅡ Sugere.

ㅡ Verdade. Temos que ir resolver isso agora mesmo. ㅡ Afirmo.

Olho uma última vez para o trabalho com decepção no coração, mas me viro e sigo em frente.

ㅡ Vamos. ㅡ Falo e Danilo me segue.

Ando pelos corredores rapidamente e pisando firme. A pessoa que fez isso vai ter que de alguma forma pagar pelo estrago.

Quando chegamos na diretoria, bato na porta diversas vezes até ouvir a voz de alguém.

ㅡ Pode entrar.

Eu e Danilo nos olhamos e eu respiro fundo, dando um passo à frente e abrindo a porta.

Assim que entro já falo com a diretora e fecho a porta.

ㅡ Oi diretora. ㅡ Cumprimento.

ㅡ Sentem-se. ㅡ Profere ela.

Eu e Danilo nos sentamos à sua frente.

ㅡ O que os trouxe aqui? ㅡ Pergunta a diretora.

Respiro fundo e olho para Danilo mais uma vez.

ㅡ Diretora, algum malandro ou malandra entrou na sala de espelhos e destruiu nosso trabalho. Ele tá todo despedaçado, todos os outros estão normais, creio que foi de propósito. ㅡ Conto.

ㅡ Desde quando o trabalho está lá? ㅡ Pergunta com suas duas mãos encruzilhadas.

ㅡ Eu levei lá ontem de noite, o guarda me deixou entrar. Hoje no intervalo eu ia ver e me deparei com ele todo destruído debaixo do pano. ㅡ Explico e ela pensa por um instante.

ㅡ Vocês sabem quem pode ter feito isso? Se deixou alguma pista? ㅡ Pergunta.

ㅡ Bom, muitas pessoas na minha sala não gostam de mim, em especial duas colegas minhas de outra sala também, mas não tenho certeza de quem pode ter sido.

ㅡ Quais são essas duas? ㅡ Questiona.

ㅡ Yasmim Sampaio e Catarina Martins. ㅡ Informo.

ㅡ Vou falar com elas para saber se estiveram por lá. Se tiverem mais alguma suspeita podem me falar. Como apenas o de vocês foi destruído não deve ter sido um aluno querendo chamar atenção, e sim prejuicá-los. ㅡ Explica, e eu e Danilo nos olhamos cabisbaixos.

ㅡ E o que a senhora vai fazer além disso? ㅡ Pergunto.

ㅡ Infelizmente não posso fazer nada. A escola não tem câmeras, e se não houverem testemunhas, por não termos provas contra ninguém não poderemos fazer mais nada. ㅡ Afirma e eu solto um suspiro totalmente frustrada.

Muito injusto. A pessoa vai sair impune depois de ter destruído um trabalho que foi difícil de fazer. E eu vou ter que correr contra o tempo para refarez tudo. Muita crueldade da parte do sem noção que fez isso.

ㅡ Entendemos diretora, mas não se pode fazer mais nada mesmo então? ㅡ Questiona Danilo preocupado.

ㅡ Não mesmo. ㅡ Afirma a diretora.