♡Capítulo 22 - No atalho

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Acordo com o som de minha mãe gritando pelo meu nome. Mas o que de fato me despertou do sono foi ela me balançando sem parar.

Abro os olhos assustada, mas ao mesmo tempo devagar, e vejo sua expressão nada boa em cima de mim.

ㅡ O que foi mãe? ㅡ Pergunto, com certeza da minha voz arrastada e com um péssimo hálito.

ㅡ Você tá atrasada pra escola menina. Levanta! ㅡ Exclama me apressando.

ㅡ O quê? Que horas são agora? ㅡ Questiono preocupada.

ㅡ São seis e meia da manhã. Vai logo antes que você perca o ônibus. ㅡ Manda e eu me levanto da cama rapidamente.

O que mais me impressiona é: por que o despertador não tocou? Eu coloquei o alarme ontem, e ele nunca tem problema.

Saio do quarto correndo em direção ao banheiro, apenas colocando um pé no chão, já que perdi a outra parte da pantufa.

Como não dará tempo de tomar banho, apenas lavo o rosto com água fria e sabão, para não ficar "amassada" e eu despertar melhor.

Escovo meus dentes com rapidez, apenas para não ficar com o bafo matinal. Após isso, saio do banheiro indo até o quarto, e tiro meu pijama para colocar o uniforme. Visto ele e minha calça com pressa, e coloco uma pulseira qualquer, hoje não preciso de muitos acessórios.

Passo desodorante e um pouco de perfume para não feder, e coloco um dos tênis sem pensar qual vai combinar com o look.

Saindo do quarto, volto para o banheiro e solto meu cabelo para escová-lo rapidamente. Assim que termino, vou novamente ao quarto e pego minha mochila.

Chego na cozinha pensando se esqueci de algo.

ㅡ Filha, eu preparei uma omelete pra você. Vem comer rapidinho. ㅡ Chama.

ㅡ Não vai dar tempo e eu já escovei os dentes. ㅡ Explico.

ㅡ Não quer nem um cereal? ㅡ Pergunta e eu nego com a cabeça.

ㅡ Então pelo menos toma um cafezinho pra ajudar. Você não pode ir pra aula de barriga vazia. ㅡ Afirma.

Fico meio relutante de início, mas aceito. Tomo uma xícara de café com pressa e dou um beijo de despedida em minha mãe, e então saio disparado pela porta para não me atrasar.

Ao chegar no ponto de ônibus, vejo meu ônibus andando. Já era, eu perdi o ônibus por causa desse atraso. E agora?

Volto para casa correndo e minha mãe se assusta ao me ver.

ㅡ Perdeu? ㅡ Pergunta.

ㅡ Sim. ㅡ Respondo ofegante por conta da correria.

ㅡ Oh, filha. Se seu pai não já tivesse ido trabalhar eu pediria pra ele te dar dinheiro pro uber. ㅡ Lamenta.

ㅡ Tudo bem mãe. ㅡ Digo cabisbaixa.

ㅡ Filha, e se eu te levar de carro? Eu não dirijo há um bom tempo e não sei se ele tá com gasolina, mas posso tentar. ㅡ Sugere.

Minha mãe após ter batido em uma árvore me levando à minha escola quando pequena, nunca mais dirigiu. Talvez tenha um leve trauma ainda.

ㅡ Mas mãe, não é longe demais pra você? ㅡ Questiono.

ㅡ Um pouco, mas já chegou a hora de eu deixar esse medo e tentar. ㅡ Afirma e eu sorrio. ㅡ Vamos. ㅡ Diz pegando as chaves do carro.

Como meu pai vai com o carro da empresa, só usa o nosso para sair, viajar e fazer compras. Espero que tenha gasolina o suficiente.

Missão de AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora