Missão de Amar

♡Capítulo 5 - Há esperança

Tenho tentado pensar em algo além de Danilo. Será que ele se tocou com minhas palavras? Será que as ignorou? Será que está melhor? Não consigo deixar de lado essa ansiedade em saber.

Cada passo que dou me faz refletir mais sobre. E se ele simplesmente jogar o que eu disse no lixo? Eu continuo insistindo ou deixo para lá? Fico confusa demais com isso.

Espero que o Senhor me ajude.

De qualquer forma eu continuarei orando por ele todas as noites, assim como já oro por meus amigos e pessoas que vejo que precisam. Não vou perder a esperança de que ele conheça a verdade.

Sinto uma batida forte e repentina em meu ombro. É uma menina caída no chão. Deve ter esbarrado em mim e levado um tombo.

ㅡ Desculpa, quer ajuda? ㅡ Pergunto oferecendo a mão.

Ela me olha fixamente, e é quando me lembro dela. Esses olhos azuis escuros e esses cabelos castanhos claros lisos. É ela. É a Ágatha do ensino fundamental.

Ela se levanta sem falar nada, olha para os lados e depois para mim. Não parece feliz. Depois se vira para ir embora.

ㅡ Espera eu... ㅡ Tento dizer mas é tarde demais, os passos de Ágatha foram rápidos.

Não faço a mínima ideia do porquê ela reagiu dessa forma, mas acho melhor ignorar. Vou para perto de meus amigos e conversamos como normalmente sempre fazemos.

🔹️💙🔹️

Termino de me arrumar e ajeito meu cabelo olhando no espelho, mas logo em seguida corro e pego minha bolsa para não me atrasar.

Ao cruzar a porta sou barrada por minha mãe.

ㅡ Aonde pensa que vai sem me dar um beijo de despedida? ㅡ Questiona com um olhar fatal.

Corro até ela e dou um beijo na bochecha risonha.

ㅡ Vai com Deus minha filha. E juízo, não é porque seu castigo acabou que você pode vacilar de novo. ㅡ Afirma com uma colher de pau na mão.

ㅡ Pode deixar mãe. ㅡ Digo com um sorriso e saio logo em seguida.

Felizmente o uber não atrasou dessa vez. Ao chegar eu o pago e saio do carro correndo para a sorveteria. Estava com saudades de poder tomar sorvete com minhas amigas. Uma pena que Arthur não veio.

ㅡ Olá princesas. Posso me sentar, vossas altezas? ㅡ Debocho.

ㅡ Vai logo e para de brincadeira Bia. ㅡ Afirma Fernanda rindo.

ㅡ Nossa, hoje a realeza está insuportável. ㅡ Digo me sentando e solto mais risadas delas.

ㅡ Olha rápido o cardápio. Estamos com fome, você demorou. ㅡ Pede Fernanda.

ㅡ Calma Fefê.

ㅡ O quê? Da onde você tirou isso? ㅡ Pergunta indignada.

ㅡ Quando visitei seus pais adotivos o seu pai me contou que te chamava de Fefê quando você era criança. ㅡ Digo e ela cora.

ㅡ Ah... Eu não me chamo Fefê. Eu sou a Fernanda, prefiro ser chamada assim. ㅡ Balbucia e me faz rir por dentro.

Não acredito que ela está com vergonha do antigo apelido.

ㅡ Ah, eu achei um apelido bonito até. ㅡ Diz Bianca dando de ombros.

ㅡ Peçam logo o pedido de vocês e vamos comer. ㅡ Manda Fernanda mudando de assunto.

ㅡ Ta bom, ta bom. ㅡ Digo.

Olho o cardápio, são muitas opções. Depois de analisar tudo chego a conclusão que o sunday é a melhor opção.