Tweet for love - Marina.

5 - a loira certa.

Maya's pov
já está quase na hora da festa, e ainda estou parada no mesmo lugar, em frente ao closet procurando algo pra vestir. até que andy me chama avisando que têm pessoas chegando, então me apresso e visto qualquer coisa.
desço as escadas, e já estão a maioria do pessoal da estação. e avisto jo, lexie, meredith e a yang do hospital, acredito que o restante está a caminho.

pouco tempo depois, carina chega, mas não está sozinha. com ela estão, amelia e uma outra mulher, que presumo ser alguma médica do GS.
essa loira ficou o tempo todo com a carina, o que impossibilitava a minha aproximação. elas não pareciam tão próximas até eu vê-las se beijando.
o meu peito aperta e quase deixo o copo de cerveja cair no chão. apenas coloco a bebida em cima do balcão da cozinha e subo para o meu quarto.

por que me sinto assim? nem tenho esse direito. não sou nada dela, ficamos uma vez, e a culpa foi minha de não tirá-la da cabeça. mas ainda assim, o sentimento de raiva e fúria percorria dentro de mim.
custava avisar que vinha com alguém?

Carina's pov
não consigo raciocinar muita coisa agora, tomei duas garrafas de vodka sozinha e agora meu corpo está exausto. mas ainda tenho um pouco de consciência, acho.

lembro de ter beijado alguém. era loira, não sei se foi a maya, não tinha o cheiro dela. e se não foi ela? será que ela viu? e se viu, será que se importa? onde está ela agora? não consigo encontrá-la.

- amelia! - minha voz soa rouca, ainda afetada pela bebida. - onde está maya?

- não sei, provavelmente em choque depois de você ter beijado metade das pessoas nessa festa.

- fiz o quê? - todos no local me olham pelo tom alto de minha voz. ja é bem tarde, sobraram os mais fortes.

- você beijou praticamente todas as loiras aqui. - diz e bebe um gole de seu drink, em completa calmaria.

- mas, beijei a loira certa?

- não, carina. você não beijou a bishop. - sheperd conclui e minha cabeça parece girar. preciso te achar e contar que mexe com tudo em mim, caso não for recíproco, coloco a culpa na vodka.

Maya's pov
escuto batidas na porta, te abro já gritando
para andy me deixar em paz, mas não era ela.

- carina? - pergunto abrindo a porta por completo e a  italiana me segue até a cama.

- oi. - diz em um tom calmo, sentando ao meu lado.

- o que está fazendo aqui? não deveria estar aproveitando a festa?

- acho que aproveitei até demais. - ri sem humor algum, olhando fixamente para mim.

- eu vi. - baixo um pouco a cabeça para que carina não consiga ler minha expressão.

- desculpa, maya.

- pelo quê? não temos nada, carina. eu sou uma tonta por ter cogitado me chatear. nem se quer nos beijamos direito, eu não quero que pense..

- eu gosto de você, bishop. - meu coração acelera desesperadamente - é cedo, sou meio apressada, dizem que é porque sou italiana, e lá as pessoas são intensas e calorosas, também deve ser porque estou bêbada, mas é verdade. - ri sozinha, pois estou paralizada para esboçar alguma reação. - eu gosto de você, do seu beijo, das suas mãos em minha cintura, e de como me olha agora, eu gosto disso.

- carina... - tento falar mas logo sou interrompida.

- tudo bem se não sentir o mesmo, posso colocar a culpa na bebida, e aí podemos ser amigas, ou conhecidas, se preferir. ou podemos nos afastar, você não vai me ver nunca mais e... - antes de terminar, eu a beijo, e logo é retribuído.

ficamos assim por um bom tempo, não consegui dizer que também sentia algo por ela. só queria ficar ali com seus braços ao redor de meu corpo, e sua cabeça descansando na curva de meu pescoço enquanto conversávamos sobre sabores de sorvete.

* tweets da festa *