[concluída] a mesma mulher que maya observava todos os dias na yoga em sua academia, tweetaria algo que mudaria seus sentimentos e relações?
ou será que isso não passaria de dois drinks em uma terça a noite e um bom papo?
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Maya's pov ⚠️tw: crise de pânico/ansiedade.
eu tive um pesadelo horrível, falei antes que minha cabeça estava uma bagunça; e esses pesadelos fazem parte da bagunça. não comentei sobre isso com a psicóloga ainda, achei que não passasem de sonhos confusos, mas hoje foi terrível. acordei desesperada, olhei no relógio e eram 5:34 da manhã, olhei pro lado e ela não estava ali. exatamente como no meu sonho. eu não conseguia respirar, meu corpo tremia, eu queria gritar mas não conseguia, eu precisava que alguém me segurasse ali pra eu não me machucar. meu corpo começou a fazer movimentos involuntários, e eu estava muito assustada pra tentar me defender. entende o quão forte é isso? eu precisei me defender de mim mesma. e dói, doeu sentir isso, dói admitir isso. e acordar, e não ver ela ali, doeu mais ainda.
fui pra estação mais cedo, porque eu não queria ficar em casa sozinha, eu to com medo, medo de mim mesma. cheguei, e o pessoal estava comendo e conversando. - bom dia capitã! - andy fala animada mas logo fecha o sorriso. - tudo bem? - ela pergunta em tom mais baixo e eu balanço a cabeça afirmando. - quer conversar? - ela insiste e eu nego. - eu estou bem. - sorrio fraco e vou para a minha sala.
22:46 eu não consigo pensar em nada além do meu sonho, as vozes dentro da minha cabeça não me deixam esquecer disso. eu não quero ter que viver isso nunca mais na minha vida, nunca. eu sinto meu corpo arrepiar só de lembrar da sensação que senti naquele pesadelo. e eu sinto que vai acontecer de novo. a dificuldade pra respirar agora é a mesma que a de manhã, preciso me concentrar na respiração pra não passar mal, mas isso parece impossível. eu realmente estou me esforçando pra respirar, e pra me acalmar, eu levanto da cadeira e ando de um lado para o outro enquanto balanço minhas mãos conforme o ritmo da respiração. mas acabo perdendo esse controle e fico realmente sem ar, até que andy me encontra e tenta me acalmar de todas as formas, ela põe seus braços em meus ombros para que eu pare de andar incontrolavelmente e pede pra eu respirar com calma, o que eu definitivamente não consigo fazer agora. eu peço pra andy ligar pra carina, e é a única coisa que consigo dizer agora. - liga pra ela, por favor, eu preciso dela, andy, por favor - andy pede novamente pra que eu me acalme e pega o seu celular.
